sexta-feira, 31 de julho de 2009

Vai entender...

Segundo a novela das 9, quando um indiano deseja se casar, a família dele paga uma grana preta pra um sacerdote que tem que dar uma de agente matrimonial e detetive ao mesmo tempo.

Agente matrimonial porque ele tem que arrumar um “bom partido” pro noivo.
Detetive porque ele vai investigar os antepassados da noiva até a sétima geração.

Imagina se mais essa moda pega no Brasil: eu tenho um filho. Ele cresce e vai morar na Europa. Lá, conhece uma austríaca linda, charmosa, simpática, bem-humorada, inteligente, milionária... Resumindo: uma mulher perfeita!

Aí, ele manda uma carta para mim: “Pai, conheci uma mulher fantástica. Pretendemos nos casar.”

Eu então convoco Dona Jacira “Bico Doce”, aquela fofoqueira que sabe da vida de todo mundo do bairro. Pago uma caixinha pra velha e a mando pra Europa, investigar a vida dos antepassados da minha futura nora. Tudo com o dinheiro que o meu filho mandar, é claro.

Um dia depois, ela me manda as notícias, que não são boas! Eu, então, escrevo uma carta resposta ao meu filho dizendo: “Querido filho, você não pode se casar com essa moça. Descobrimos que ela é bisneta do Hitler.” E o casamento vai pro saco!

Outra coisa engraçada dos indianos, é a hora que os pais da noiva começam a falar orgulhosos das qualidades da mesma: “Ela fala 5 idiomas e mais 7 dialetos!”

Aí eu pergunto: Que diferença faz, ela falar 5 idiomas e 7 dialetos se depois que se casar as suas únicas funções serão: dançar, fazer chai pra galera mais velha da casa e ficar tentando ter um filho homem?


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Outra coisa que não dá pra entender: a medida do governo de suspender as aulas nas escolas e faculdades por causa do surto de gripe suína.

A moçada deixa de ir pra escola, mas fica andando em grupo pra tudo quanto é lugar. Inclusive, em locais fechados, como as “cheirosíssimas” Lan Houses por aí.

Mas, se os adolescentes estão freqüentando outros lugares fechados, por que afastá-los da escola?


Só há uma explicação possível:

O vírus H1N1 vem evoluindo tão rápido, que já passou a pedir vagas nas instituições de ensino: “Se os adolescentes não querem estudar, nós queremos!” – Protestam os vírus.

E sabe qual é a pior coisa dos vírus se estabelecerem nas escolas?

Ano que vem, tem mais concorrência no PROUNI.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Comidas

Segundo aquele livro “O Segredo” pra uma pessoa se tornar rica, ela deve se “sentir” rica desde já. Acho que é por isso que eu continuo pobre. Como posso me sentir rico se não consigo entender o comportamento de um rico?
O cara rico vai a um restaurante finíssimo, onde até a água da descarga do banheiro é francesa, aí ele se senta à mesa, fica 2 horas olhando o menu e pede... Escargot!

Dá pra entender? O cara poderia comer qualquer coisa do Mundo e ele vai e escolhe caramujo! Isso tem de monte no jardim da casa da minha mãe, mas só a vira-lata maluca dela é que come de vez em quando. E, nem por isso, a cadela passou a ter pedigree.

Como já disse uma vez a apresentadora Monique Evans: “festa boa é festa de pobre, a coxinha vem gorda, engordurada, mata a fome da gente!” Ela tem toda a razão. Uma vez fui a um coquetel de premiação literária. Os acepipes que foram servidos, mal cabiam na cova daquele dente que perdeu a obturação. Saí de lá com tontura de tanta fome.

Se bem que, quando o pobre que dá a festa é um avarento, você passa mais fome do que nesses coquetéis. Tinha uma vizinha que todo ano fazia festa de aniversário pro filho dela. Os convidados tinham direito a 2 metades de um buraco quente (lanche de pão francês com carne moída e molho de tomate) e 2 copos de refrigerante. Mas, o pior era depois dos parabéns. Ela cortava as fatias do bolo mais finas que o guardanapo de papel.

E se a gente pedisse mais, ela falava: “Ai, eu tô guardando um pedaço porque o Paulinho (o aniversariante) gosta de comer mais tarde!” Sem brincadeira, ela guardava mais da metade do bolo na geladeira.

Na verdade, acho que eles só faziam festa pro garoto ganhar presente. Mas, como eu nunca levava presente, até que saía no lucro, porque apesar de comer pouco, comia “na faixa”.

Outra coisa que me irrita em pratos chiques: colocar fruta em comida salgada.

A gente chega num churrasco na casa daquele tio sossegado. É duas da tarde e ele ainda nem acendeu o carvão da churrasqueira. Seu estômago ronca tão alto que todo mundo pensa que foi o Rex que rosnou pra alguém. O coitado apanha e vai preso no canil. Sua tia pergunta: “Você tá com fome?” Você quase não tem forças pra balançar a cabeça afirmativamente. Ela diz: “Tem maionese lá na cozinha.”

Você pega um prato fundo, daqueles de sopa, e desesperadamente enche ele com salada de maionese. Você pega um bocado e mastiga feliz. De repente você percebe algo doce e crocante no meio daquela comida. Seria caramujo? Não. É maçã, mesmo!

Se alguém me perguntasse: “Qual o seu sonho?” Eu diria: “Vários!” Mas, se alguém me dissesse: “Fale um de seus sonhos, o primeiro que lhe vem à cabeça, agora.” Eu responderia:

- Pegar uma travessa de maionese com maçã e arremessar na parede!

Juro, que sempre tive esse sonho. Acho que deve ser uma ação tão relaxante!

Mas, como você está na casa dos outros, você se contém. E parte em busca de outra comida realmente salgada. Alguém diz: “Eu trouxe salpicão!”

Você pega o salpicão e na primeira mordida, adivinha o que você encontra? Abacaxi!

Sem cerimônia você se levanta, abre a tampa do lixo e despeja todo o conteúdo do seu prato lá dentro. Longe de quem fez o prato, é claro! Um segundo depois, a autora do salpicão aparece e diz: “Nossa! Você já comeu! Sinal que tava bom, hein? Se quiser pega mais!”

“Claro... que NÃO!”

O churrasco do seu tio lerdo não sai. Você começa a entrar em desespero. Seu medo é que o seu estômago comece a digerir ele mesmo. De repente, você houve:

- Olha a farofinha saindo!

Você quase dá um bote na travessa de farofa. Ela é a sua última alternativa. Mas, quando você chega bem perto, percebe que ela também foi contaminada pela “chiquesa”: está forrada de uvas passas!

Você está quase chorando. Sua mulher, percebendo a gravidade da situação, sugere que o único jeito de tapear a fome enquanto espera é tomar um gole de café.

“Boa ideia”

Já que não tem nada 100% salgado pra comer, o jeito é tomar alguma coisa que seja 100% doce.

Você apanha a garrafa de café. Enche um copo daqueles de requeijão e toma um golão. Mas, percebe que o gosto está bem, mas bem estranho! Você chama a sua tia e mostra o café. Ela toma um gole e diz:

- Puta merda! A sua vó colocou sal no café outra vez!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Aniversário de Criança


Você acaba de pisar na festa e o aniversariante pergunta:

- Oi, tio Paulo. Cadê meu presente?

- Seu presente? Era muito grande pra trazer na mão. Ele vai chegar de helicóptero!

- Ohhhhhhhh! - as crianças admiradas respondem em coro.

Sua mulher te belisca e cochicha:

- Pra que mentir pro coitado?

- Coitado nada! Moleque sem educação! Onde já se viu cobrar presente?!

A falta de grana pra comprar presente era só um dos motivos pra você não querer ir aquela festa.

Depois de vocês, chega uma tia-avó do garoto que é “podre” de rica. Ela entrega um embrulho pra ele e diz: - É só uma lembrancinha, hein!

Ele abre, faz aquela cara de bunda e agradece. Mas, só porque a mãe mandou.

- Tá vendo? – você fala pra esposa – Melhor não dar nada do que dar um par de meias. Eu mesmo quando era criança odiava ganhar meias! Se bem que esse moleque merece!

- Shiiiiiiiiiuuuuuuuuuu!!!!!!!! – sua esposa te manda calar a boca sutilmente porque a amiga dela, a mãe do aniversariante está se aproximando.

- Oi gente, tudo bem? Vamos entrar lá na sala!

Você vai, tentando se esquivar das 638 crianças que correm a sua volta. Mas, é justamente daquela menorzinha, que ainda está aprendendo a andar, que é mais difícil de desviar. Ela ginga tanto na sua frente que você fica tonto, pisa num carrinho de brinquedo e cai de costas no chão. As crianças rolam de rir. Algumas gritam: “faz de novo!” Pra disfarçar sua vergonha e aproveitar a deixa você resolve dar uma de mágico: faz aquele velho truque de tirar moedas da orelha dos outros.

Ninguém ri.

Cansado de pagar mico, você entra na casa. Uma mulher vem com uma bandeja e te pergunta:

- O senhor quer beber alguma coisa?

- Veneno!

- Como?

- Cerveja, tem?

- Não!

Então, você pega um copo acreditando ser Fanta Uva. Mas, logo descobre que é Ki-Suco. E está quente!

Sua mulher encontra as amigas e engata num daqueles papos intermináveis. Você sai lá fora, onde tá rolando o churrasco e pensa: “já que tô aqui, vou aproveitar pra comer bastante!” O cheiro é muito bom. Você pega um naco de carne e morde com gosto. Você quase ouve o boi mugir. A carne está crua e dura feito pedra. Pra piorar, um fiapo enrosca nos dentes. Você passa a língua e percebe que está faltando algo. “Meu pivô!”

De repente, começa uma briga ao lado da churrasqueira. Todo mundo bate, todo mundo apanha. Você não conhece ninguém, nem gosta de briga, mas entra no meio do bolo. É preciso salvar seu dente postiço. Depois de algum tempo, a turma do deixa disso consegue apaziguar os ânimos. Os dois bêbados que começaram a briga se abraçam e choram pedindo desculpas e a festa continua como se nada tivesse acontecido. Você só não entende uma coisa: como aqueles caras ficaram bêbados tomando Ki-Suco quente? Não importa, você ainda não encontrou o seu dente.

Uma criança com uma zarabatana pega algo no chão e usa como munição para atingir os coleguinhas. “Nããããããão!” Tarde demais, seu pivô voa e cai no meio do bolo.

Você olha pra um lado. Olha pro outro. Aproveita que ninguém tá vendo e se aproxima do bolo que tá em cima da geladeira. Você vai pegar o seu dente, mas desembesta a rir quando percebe que ele está encaixado bem em cima de um dos dentes do Bob Esponja desenhado no bolo. Sua risada chama a atenção do aniversariante que quer saber o que é.

- Nada! – você diz escondendo a boca com a mão.

- Tio, que cê tá escondendo aí?

- Nada! Já falei.

- Deixa eu ver!

- Não! –
você descobre a boca.

- Hahahahahahaha!!!!!!!! O tio Paulo é banguela! Hahahahaha!!!!

As outras crianças aparecem e começam a cantar:

- Tio Paulo é banguela! Tio Paulo é banguela! Tio Paulo é...

Sem pensar mais, você mete a mão no bolo, pega o seu dente e o encaixa na boca. Um segundo depois, aparece a mãe do garoto.

- O que tá acontecendo aqui?

- Eles estavam mexendo no bolo, olha só como ficou! –
você diz apontando o bolo.

- Ahhhhhhh! Não acredito, Guilherme! Tenha a dó, viu!!!

- Mas, mãe, foi ele que...

- Chega! Vai brincar lá fora. E ano que vem não vai ter festa, ouviu?

“Tomara” – você pensa. Não tendo mais o que fazer ali, você resolve chamar a sua esposa pra ir embora. “Mas, nem cantou o parabéns!”- ela diz. Quando ela vai pegar a bolsa, antes de se despedir das amigas, o celular dela toca. “Atende pra mim” – ela pede.

- Alô!

- Alô, Paulo?

- Isso. Quem tá falando.

- Oloco! Cê não sabe? É o seu cunhado querido!

“Puta que o pariu!”

Ele continua:

- Viu, vocês estão em casa? A gente tava pensando em dar uma passadinha aí.

- Não, não estamos não. Na verdade a gente tá num aniversário.

- Aé? De quem? Vocês vão demorar pra voltar?

- Do filho de uma amiga da Dani. Olha, a gente vai demorar pra voltar sim, porque acabamos de chegar.

- Aé? Se você quiser eu vou buscar vocês!

- Não, obrigado!

- Onde é?

- Não precisa! Obrigado!

- Eu vou buscar. Onde é?

- Quixeramobim!

- Nossa! Onde fica isso?

- Ceará!


Sua esposa aparece e pergunta:

- Quem era?

- Dona Dulce, nossa vizinha.

- O que ela queria?

- Disse que a nossa rua foi interditada porque ouve um surto de lagartixas.

- Ai, credo, sério?
(sua esposa tem pavor de lagartixas).

- Sério, acho que vamos ter que dormir aqui.

- Aqui? Ah, não. É chato.

- Mas, não dá pra voltar pra casa hoje. Onde, então?

- Ah, já sei! Na casa da minha irmã.
(esposa do mala!)

Moral da história: quanto mais você reclama de uma coisa, mais essa coisa te persegue, seja essa coisa aniversário de criança, carne crua ou cunhado mala!

sábado, 18 de julho de 2009

MSN - "ocupado"


Às vezes, penso que certas pessoas não sabem realmente pra que serve o MSN.

Nem eu.

Tenho uma amiga que chega ao trabalho as 8 da manhã, entra no MSN, coloca na opção “ocupado” e mantém assim até a hora de ir embora.

Aí eu pergunto: “se ela vai ficar ocupada o dia inteiro, por que ela entra no MSN?”

Tudo bem, vai ver ela faz isso pra que gente chata não fique puxando conversa com ela. Então, faço outra pergunta: “se a pessoa é chata, pra que ter ela na sua lista de contatos ?"

A possível explicação seria dizer, que assim, colocando no “ocupado”, ela só conversa com quem ela quer. Mas, então, eu acho que a melhor opção seria “invisível”.

Aquela opção “ausente” também é meio nada a ver. Seria, tipo o quê? “Espera aí que eu fui mijar?” É mais fácil escrever: “Já volto” ou “Peraí” e pronto.

Outra coisa doida são as frases que a galera coloca na frente do nome. Outro dia, uma outra amiga escreveu algo do tipo: “ai, por que a gente tem que passar por coisas desse tipo na vida?” Depois, conversando com ela pelo MSN (deixando claro que foi ela quem puxou conversa) eu perguntei: - Você tá bem?

- Tô. Por quê?

- É que eu li a sua frase, achei que tava rolando alguma coisa chata.

- Ah, não, não. É uma coisa particular.


Até me senti um pouco mal, pois minha intenção era ajudar e não parecer um enxerido. Fiquei com vontade responder: – Olha, eu acho que a Internet não é o melhor lugar do mundo pra você escrever coisas “particulares”. Mas, não iria adiantar nada, porque mais tarde, ela colocou a mesma frase no Orkut, também.

E garanto que ela só não botou no Twitter, porque ela não tem.

Isso me faz lembrar aquelas pessoas que dizem: “Eu tenho um segredo.” Ela não vai te contar, mas quer que você saiba que ela tem um. O importante não é o segredo em si, mas, o poder de saber uma coisa que você não sabe.

Também há quem diga: “Vou te fazer uma surpresa!” Muitas vezes, dependendo da época que você ouve isso, dá até pra adivinhar o que é. Por exemplo: próximo ao seu aniversário pode ser uma festa surpresa. Mas, já não tão surpreendente assim.

Agora, dependendo de quem te diz essa frase, dá até medo. Imagina aquele seu cunhado mala. Se ele te falar que vai fazer uma surpresa, pode ter certeza que é algo do tipo: te convidar pra jantar peixe, na casa dele. E você já falou mais de 1000 vezes que ODEIA peixe. Mas, como aquele maldito nunca te ouve, você vai. E mesmo odiando, você se empanturra daquele peixe, só pra não ter que conversar com o seu cunhado. Você fica comendo por 2 horas. Depois demora mais meia hora no banheiro. Aí, você sai lá fora pra fumar. Sua esposa estranha:

- Aonde você vai?

- Lá fora. Fumar.

- Mas, você não fuma.

- Comecei hoje.


Depois de “ganhar” mais meia hora, você entra e chama a sua esposa pra ir embora. E o cunhado mala diz:

- Deixa que eu levo vocês.

No carro, ele vem contando pela nona vez a história do amigo rico dele que foi assistir a Fórmula 1. Isso porque só tem uma coisa na vida que você detesta mais que peixe: Fórmula 1. Quando o carro, finalmente chega, lá pelas 11 e meia da noite, sua esposa diz aquela maldita frase por educação: - Vocês não querem entrar?

E o cunhado, com a desculpa de “só ir no banheiro rapidinho” entra. E fica mais duas horas contando a história da Fórmula 1 pra você.

Nessas horas, penso que se a vida fosse como o MSN, com toda a certeza eu saberia pra que ele serviria. Toda vez que eu encontrasse esse cunhado, eu colocaria um quadradinho vermelho na testa escrito “ocupado”.

Ou, melhor, eu entraria na minha lista de contatos e deletaria, de uma vez por todas, o nome daquele mala!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

ATENÇÃO: Ninguém presta atenção! 2

Ontem, assisti o comecinho do Jornal da Globo e fiquei surpreso com a notícia de que um leiturista da luz foi mantido em cárcere privado por mais de 30 horas em São Paulo.

O leiturista executava a leitura de luz numa casa quando foi convidado a entrar e tomar um café. Mas, no lugar do café, ele foi ameaçado com uma arma, amarrado e torturado com choques elétricos. Depois, o seqüestrador o obrigou a fingir que era um assaltante de bancos e o filmou segurando talões de cheques, cartões e uma arma. Em seguida, ligou para uma vizinha e disse que ele era a vítima do seqüestro.

Depois de ouvir dois tiros, os vizinhos chamaram a polícia. O morador manteve a sua versão de que era vítima, mas a polícia aprendeu a arma, o aparelho de choque e o vídeo que o incriminaram.


Tá.

Juro que o que vou contar abaixo é verdade!

Hoje de manhã, fui fazer a leitura da luz num bairro aqui da minha cidade. Cheguei numa casa, bati palmas no portão e a moça de sempre (faço leitura lá há 4 anos) me atendeu.

- Oi, moço.

- Bom dia. É a leitura da luz.

Ela olhou pra alguém que eu não conseguia ver e deu uma risadinha. Depois, veio em minha direção com um sorriso meio nervoso e perguntou:

- Moço, você é leiturista mesmo?

- Claro. Por quê?

- É que eu acabei de ver no jornal que um cara vestido de leiturista seqüestrou um morador em São Paulo e...

- Peraí, moça. Não é bem assim. Quem foi seqüestrado foi o leiturista...

Tive que explicar a história toda pra moça.

Depois, quando eu falo que ninguém presta atenção nas coisas, eu sou o chato!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dinheiro


Não sou ladrão, mas juro que o dia que eu encontrar o autor da frase: “dinheiro não traz felicidade” assalto ele!

Num certo dia no final do mês, sem um tostão furado pra comprar um chiclete, olhei revoltado para o céu e gritei: - Meu Deus, por que é que eu não ganho na mega-sena?

Um amigo me perguntou: - Mas, você joga?


- Claro que eu jogo! Toda semana, nos mesmos números. E eu vou ganhar! (Pensamento positivo, eu li “O SEGREDO”)

Tenho uma conhecida, bastante religiosa que diz que dinheiro de jogo é dinheiro fácil e por isso não é abençoado por Deus.

Se a gente levar em conta que a chance de acertar 6 números na mega-sena é de 1 em 50.063.860, então não podemos dizer que é um dinheiro fácil, certo?

E outra. Essa conhecida é bancada por um marido que ganha muito bem, ou seja, ela não precisa “suar” pra ganhar o seu dinheiro. Aí, fica fácil esnobar os reais, mesmo.

Além disso, só quem já foi pobre sabe que o pobre, além de ser pobre é azarado. (Credo, que frase pobre!)

Imagina a situação: É a última semana do mês. Você resolve arrumar as gavetas do guarda-roupa e, milagrosamente, encontra R$40,00. Sua cabeça começa a fervilhar de alegria, pensando que destino dar para aquela grana extra: comprar umas pizzas? Ir pra um barzinho tomar um chope? Pagar uma prestação adiantada das Casas Bahia?

De repente, você ouve sua esposa gritar do banheiro: - Putz! Queimou o chuveiro!

E lá se vão os 40 contos.

Pra piorar, 2 dias depois acaba o gás. E aí você lembra porque tava guardando aquele dinheiro.

Outra coisa legal de jogar na mega-sena é ficar imaginando o que fazer com a bolada. Todo mundo que sabe que eu jogo já me pediu alguma coisa. Hoje, fazendo as contas, descobri que mesmo se eu ganhar o prêmio acumulado de 32 milhões na próxima quarta-feira, vou ficar devendo pra galera. Quer dizer, nem ganhei e já tô falido. Tô falando que pobre é azarado!

Numa certa sexta-feira, depois de jogar na mega-sena e na quina, saí da lotérica e por muito pouco não pisei num cocô de cachorro. Fiquei com remorso, porque como já comentei aqui em outra postagem, pisar na merda dá sorte. Pra compensar, fiz questão de cumprimentar um tiozinho que não gosta de tomar banho e fica parado na esquina de casa, só pra ver se salvava a minha sorte. Não adiantou. A mega-sena acumulou e a quina saiu pra um cara que com certeza já era rico e que naquela sexta-feira quando foi à lotérica pagar suas contas, ouviu da atendente:

- Seu troco é de 1 real, o senhor não quer aproveitar pra fazer um joguinho?

- Pode ser. – ele respondeu.

E o lazarento ganhou o prêmio acumulado sozinho!

Pra terminar, quero fazer um pedido a você, leitor, que acredita que “o dinheiro não traz felicidade”.

Ao fazer seu comentário nessa postagem, deixe também o seu e-mail. Na sequência, você receberá o número da minha conta bancária, onde poderá depositar todo o seu dinheiro e se livrar de uma vez por todas da infelicidade.

Sem mais, atenciosamente.

Paulo Sergio

sábado, 11 de julho de 2009

Analisando Cantigas Infantis



Não sou o primeiro nem o último a ficar admirado com o conteúdo violento das Cantigas Infantis brasileiras. Mas, ao invés de ficar falando mal das letras, prefiro fazer uma análise bem humorada desses conteúdos. Pra começar:






O Cravo e a Rosa


O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pôs-se a chorar



O Cravo brigou com a Rosa. Mas, ninguém sabe exatamente o motivo. Segundo boatos, eles estavam juntos fazia um ano. A Rosa, depois que pegou o Cravo flertando com a Margarida, resolveu dar o troco e “algo mais”. Saiu com o Cacto e “mandou bala”. O Cravo, quando ficou sabendo da traição, ficou “ferido” (dor de corno) e a Rosa, depois da noitada, ficou “despedaçada”.

Depois disso, o Cravo tentou suicídio. Foi levado às pressas para o hospital. Quando melhorou, recebeu a visita da Rosa. Ao vê-la, teve um desmaio de ódio. E a Rosa, com remorso pelo que causou, pôs-se a chorar e foi a inspiração para aquela música do Bruno e Marrone que diz assim: "Choram as Rosas, porque não quero estar aqui..."

Outra versão diz que o Cravo e a Rosa discutiam embaixo da sacada de um prédio quando este desmoronou. O Cravo teve escoriações leves, mas a Rosa foi arregaçada.

As investigações apontam que o culpado é um deputado federal que mandou construir o prédio com areia de praia.



Samba Lelê



Samba Lelê tá doente
Tá com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
É de uma boa lambada.





Mais uma vez, recorri aos fofoqueiros de plantão para saber dos fatos.


Samba Lelê não estava doente, só era vítima do preconceito sexual de uma tia beata e fuxiqueira. Pra piorar, ele deu o azar de chegar pra apaziguar a discussão calorosa entre o Cravo e a Rosa, bem na hora que o prédio caiu.


Já dizia a minha avó: “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Ele quis se meter e, literalmente, tomou na cabeça!

Agora, não sei o que a lambada tem a ver com essa história. Embora, digam que a intenção de Samba Lelê era se candidatar a namorada do Beto Barbosa no quadro “Vai dar namoro” do programa “O MELHOR DO BRASIL”




Terezinha de Jesus



Terezinha de Jesus deu uma queda
Foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão





Terezinha, que sempre fora apaixonada por Samba Lelê, ao descobrir que ele “mordia a fronha”, ficou tão desesperada que tomou um porre de wisky numa boate. Quando subiu ao palco bêbada, deu uma queda e foi ao chão. Três caras de chapéu na mão (strippers do Clube das Mulheres vestidos de Cowboys) a acudiram. Em seguida, foi colocada pra fora pelos seguranças.



Atirei o Pau no Gato


Atirei o pau no gato tô tô
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau !!!!!!





Terezinha, após sair da balada, foi ter um acerto de contas com o gato preto de Dona Chica, a sua vizinha. Contou aos amigos que, naquele dia, logo de manhã quando saia de casa para trabalhar, o “maldito” gato cruzou o seu caminho. “Certeza que foi ele que me deu azar” - ela dizia.

Bêbada e revoltada, Terezinha conta que passou a mão num pau de guatambu e desceu o sarrafo no gato. O gato não morreu. Mas, deu um miado tão alto que mais parecia um berro, chamando a atenção de todos, inclusive de sua dona.

Dona Chica, mesmo sendo uma senhora sempre tranqüila que detestava todo e qualquer tipo de confusão, não deixou aquilo barato. Meteu um processo na Terezinha.

Terezinha foi “condenada” a doar cestas básicas por um ano a um asilo de idosos.

Já o deputado, dono do prédio de areia, continua solto.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

ATENÇÃO: Ninguém presta atenção!




Segunda-feira. 8 da manhã. Mais uma jornada semanal de leituras de luz está começando. Logo na primeira casa do roteiro, é preciso entrar. O padrão de energia elétrica fica do lado de dentro. Como não há campainha, bato palmas e solto o velho bordão:

- Leitura da luz!

Uma mulher responde da janela:

- Já vai!

Ela aparece, anos-luz depois. Pra não perder o costume, vou logo dizendo:

- Bom dia, senhora. Vim fazer a leitura da luz.

Ela abre o portão e responde:

- Bom dia! Pode entrar.

Em seguida, ela se abaixa para limpar o hidrômetro e diz:

- Nossa! Que sujeira! Como vocês conseguem enxergar a leitura da água desse jeito?

- Não é leitura da água, senhora. É leitura da luz.

- Ah, tá.

Lá de dentro, o marido da mulher se manifesta:

- Que que tá acontecendo aí, Bem?

- O moço veio medir a água.

- Não é água, senhora. É luz!

Termino a leitura e agradeço a mulher. Ela entra e quando estou indo embora, aparece o marido com uns 10 quilos de envelopes nas mãos.

- Ei, grande! Dá uma chegadinha aqui.

- Pois não!

- Já falei pro outro carteiro e vou falar pra você, também: esse João da Silva - mostrando o nome marcado num dos envelopes - é o cara que morava aqui antes de mim. Agora, que ele se mudou, não quero mais que vocês fiquem entregando estas porcarias na minha casa!

- Mas, senhor...

- Ah, não quero saber! Isso é um problema de vocês. Toma! Leva essas merdas de volta pro correio.

- SENHOR!

O homem se assusta.

- Eu não sou carteiro. Sou o leiturista da luz!

- Ah, tá. Mas, você também não fala nada!

O homem finalmente entra. Quando me viro pra seguir o meu caminho, aparece uma mulher correndo desesperada:

- Moço! Por favor, não me multa!

- O quê?

- Eu sei que nesse lugar é proibido estacionar, mas é que eu só parei por causa de uma emergência, tive que ir correndo até à farmácia comprar um absorvente e...

- Moça! Calma! Eu não sou guarda de trânsito. Sou o marcador da luz!

- Ai, desculpa moço. Que vergonha! Desculpa! Ai! Desculpa...


Deixo ela meio que falando sozinha. Quando vou continuar as leituras, uma garota que está chegando à primeira casa me chama:

- Moço!

- Ooooooooooi! - já sem paciência.

- É você que veio consertar a Internet?

"Não! Eu sou um homem bomba disfarçado que veio explodir sua casa a mando do Bin Laden, de preferência abraçado a você!"

- Não, mocinha! Eu sou o marcador de luz!

-Ah, tá.

O dia todo segue com acontecimentos desse tipo. Depois da útima leitura, dou um suspiro profundo e pegunto aos Céus:

- Meu Deus, por que as pessoas nuncam prestam atenção em nada? Por que nuncam ouvem as outras? Por que há tantos enganos nessa vida?

De repente, surge por de trás de uma árvore um homem careca, barrigudo e com uma roupa muito estranha. Ele começa a explicar todas as minhas perguntas. Imediatamente, eu o reconheço, só não entendo a sua presença ali.

Depois que ele pára de filosofar, eu não resisto e pergunto:

- Desculpa! O senhor não é o Pandite, aquele sacerdote indiano da novela das 8?

- Tic!

- E o que o senhor faz por aqui?

- Are-baba! Aqui não é o caminho das Índias?

- Não. É Avenida Lucas Nogueira Garcês. Atibaia!

- Puta que o pariu! Entrei na história errada!

Tô falando que ninguém presta atenção !

terça-feira, 7 de julho de 2009

Uma historinha de merda

Há uma teoria que diz que pisar no cocô é sinal de sorte.

Tenho alguns argumentos que confirmam isso.

Meu primo, quando era criança, não apenas pisou como submergiu na bosta do porco. Anos depois, ele teve a sorte de se casar com uma mulher linda e rica.

Os atores de teatro, antes de entrar em cena, sempre dizem uns aos outros: “merda”, para dar sorte.

A essa altura do texto, o leitor pode estar se perguntando: “mas, se a merda é praticamente um amuleto de sorte, porque as pessoas, quando não estão numa fase boa da vida, costumam dizer que “estão na merda”?

Simples. Porque nem toda merda traz o mesmo grau de sorte.

Trabalhando na rua a minha chance de pisar na bosta é muito maior do que a de quem trabalha em local fechado. Tanto, que já consegui a façanha de repetir esse ato por 10 dias seguidos!

Penso que merecia, pelo menos, ter meu nome gravado no Guinnes Book, o livro dos recordes. Mas, não. O máximo de sorte que alcancei nesse período foi encontrar uma moeda de 5 centavos que, por azar, estava colada na calçada, com Super-bonder.

Depois disso, concluí que a bosta do porco traz muito mais sorte que a bosta do cachorro.

E a merda do gato?

Tenho uma vizinha que tem um gato preto. Dias desses, ela caiu dentro de casa e quebrou a perna. Culpa do gato preto? Lógico, afinal, se ele não tivesse cagado no chão da cozinha, minha vizinha não teria escorregado.

Mas, agora, chega de falar tanta bosta e vamos falar sério: Se você quer ter sorte de verdade, visite a Índia, encontre uma vaca e dê um mergulho no seu estrume.

Se o porco que é o responsável pela gripe suína pode trazer tanta sorte, imagine um animal que é sagrado, como a vaca!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Nomes

Quando eu tava na 2ª série, costumava passar boa parte do recreio tentando descobrir se uma determinada criança da 1 ª série era menino ou menina.

Aquela criança era grande para sua idade, gordinha e tinha sempre o cabelo cobrindo os olhos feito um poodle de madame escovado. Seus trejeitos, ora eram suaves, ora estúpidos. Sua voz oscilava entre o agudo do Edson Cordeiro e o grave da Ana Carolina. Por mais que eu analisasse, não conseguia chegar a uma conclusão.

Quando já pensava que o enigma não teria solução, recebi uma notícia que reavivou minhas esperanças: um garoto da minha sala era irmão daquele assexuado ser.

O problema, porém, era que esse garoto da minha turma, era o João “O Terrível” como era conhecido por ser o mais maldoso e briguento aluno do período matinal. Imagina eu chegando pra ele e perguntando:

- João, como é o nome da sua irmã da 1ª série?

- Que irmã o que! –
enfurecido – Aquele lá é meu irmão... (a frase terminando em sincronia com a voadora na minha costela).
Definitivamente, perguntar pro João não era uma boa ideia.

O tempo foi passando e a minha dúvida em relação ao sexo daquela figura da 1ª série, só aumentava.

Um dia, no intervalo, tive a oportunidade que precisava pra matar essa dúvida. João e sua turma, incluindo seu irmão/irmã, me chamaram pra brincar de esconde-esconde. Fui me esconder atrás da cantina e, quando cheguei lá, dei de cara com a criança indecifrável. Aproveitei a situação e perguntei:

- Ei, qual é o seu nome?

- Darci.

No ano seguinte, eles mudaram de escola e o mistério continua até hoje.


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Conheço várias pessoas que tem o mesmo nome.

Por exemplo. Quando alguém me fala sobre o Rafael, eu quase sempre pergunto: Qual Rafael? Meu primo, ou meu sobrinho?

Com Daniela é a mesma coisa: Daniela minha esposa, ou Daniela minha prima?

Essa é uma parte ruim de ter um nome bonito, porém, comum.

Isso não acontece com um amigo meu, por exemplo. O nome dele? DANIANDERSON. (Não digitei errado, é isso mesmo).

Se eu chegar pra alguém da minha cidade e perguntar:

- Você conhece o Danianderson?

A pessoa só tem duas respostas possíveis: SIM ou NÃO.

Com esse nome, não existe aquela história de: “Ele é filho de quem? Ele trabalha aonde?” Esse meu amigo, ou a pessoa conhece ou não conhece. É exato como a Matemática.

Esses dias, perguntei pra ele a origem desse nome. A história é tão comprida, que ele me mandou por e-mail. Dei uma resumida básica abaixo.

Quando a mãe de Danianderson estava grávida, havia uma tia dela, Filó, lá de Minas Gerais, que estava grávida também. Um dia, assistindo TV, tia Filó ouviu um nome diferente: DANIANDERSON. Reza a lenda que era o nome de uma atriz norte-americana. Um dia, quando tia e sobrinha conversavam por telefone sobre os nomes dos futuros filhos, decidiram que se nascessem meninas seria Patrícia, se nascessem meninos, Danianderson.

Isso quer dizer que meu amigo tem nome de mulher? Não!

Depois de quase causar uma pane na Internet após anos sentado na frente do computador buscando a origem do seu nome, sem sucesso, Danianderson decidiu desencanar e relaxar, assistindo um programa de TV chamado Mac Gyver. Pra sua surpresa, quando acabou o programa e ficou subindo aquelas letrinhas, ele pode ver que o nome do ator que faz o tal Mac Gyver é Richard DEAN ANDERSON.

Ele então concluiu que a velha surda da tia Filó, a trinta anos atrás, ouviu apenas o sobrenome da atriz americana e acabou pra abrasileirar para DANIANDERSON.

Se você ainda não conhece um DANIANDERSON, essa é a sua chance!
Ele, além de um grande amigo é um excelente biólogo, amante dos animais e autor deste blog aqui: http://www.danianderson.blogspot.com/