quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Há males que vem para o bem



Andrea namorava Roger.

Roger era o tipo de rapaz que toda garota sonhava em namorar (tirando algumas lésbicas). Era muito bonito, simpático, engraçado, inteligente e rico.

Seria o cara perfeito, não fosse um único defeito: mau hálito!

Durante anos ele buscou solucionar esse problema.

Primeiro, foi a vários médicos e dentistas que lhe disseram a mesma coisa: “- Não encontramos problema algum!”

Procurou ajuda na homeopatia e na botânica. Mas, sem sucesso.

Numa tentativa mais desesperada, foi atrás de curandeiros, bruxos e até de um padre exorcista. Chegou a ir a 3 encontros religiosos dos 318 pastores. Contudo, o bafão podre continuava.

Sua única chance talvez fosse invocar aquele ser que pode tudo no Universo (tirando Deus, é claro). Eu estou falando dele: Chuck Norris!

Mas, Roger não o encontrou no Twitter!

Como o mau hálito não poderia ser resolvido, o jeito era disfarçá-lo.

Além de chupar umas 80 balas de hortelã e mascar uns 30 chicletes de menta por dia, Roger começou a tomar medidas drásticas para que seu hálito se tornasse, ao menos, suportável: passou a escovar os dentes com Dermacyd, a fazer gargarejos com Cloro, além de ter pendurado uma pedra sanitária na língua como se fosse um piercing.

Andrea, embora amasse Roger, estava prestes a se separar dele. Não por preconceito, mas, porque o bafo-de-onça dele lhe causava ânsia de vômito.

As vésperas da separação, Andrea acordou com um terrível fedor no nariz. E embora tivesse dormido sozinha, no reflexo, chegou a olhar para o lado, só pra ter certeza de que Roger não estava lá.

O tempo foi passando e aquele cheiro desagradável no nariz de Andrea foi sumindo. O problema é que a sua capacidade de sentir o cheiro das coisas foi sumindo também.

Assustada, ela procurou um médico, que logo deu o seu diagnóstico:

- O que causou mau cheiro no seu nariz foi uma Sinusite. E como essa sinusite não foi bem curada, ela está evoluindo para uma Anosmia, que é a perda do olfato ou a perda da capacidade de sentir cheiros. Vamos começar o tratamento hoje mesmo!

Mas, Andrea não quis se tratar.

Hoje, quatro anos depois, ela se adaptou totalmente à sua deficiência.

E vive feliz, num sítio, ao lado dos dois filhos e do marido, Roger.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Medições

Como a minha situação financeira não andava muito fácil, foi preciso que eu arrumasse um bico.

Por isso, agora, além de medir a luz, também ando fazendo outros tipos de medição.

Dá uma clicada AQUI.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval 2010

No Carnaval do interior tem banda de marchinhas, bonecões, bateria de escola de samba e, claro, todas aquelas pessoas e situações que você encontra nos Carnavais por aí.

Sempre tem um amigo que não aguenta beber nada, mas, quer beber tudo. Ele é tão sensível aos efeitos da bebida que se comer uma salada temperada com vinagre de álcool ele fica bêbado.

Mas, não adianta querer convencê-lo. Ao som de “Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe que quero mamar...” ele vai mamando tudo que aparece: cerveja, caipirinha, pinga com coca, vodka, gasolina...

Depois de algumas horas, ele começa a ter alucinações como, por exemplo, ver a tia que é freira agarrada a um alemão fantasiado de He-Man. É o sinal de que o momento de parar de beber já passou faz tempo. Mas, aparece alguém com uma Bavaria quente e ele encara.

Quando a esposa tenta tirar o copo dele, ele sai correndo. Ela diz que vai embora e ele nem escuta. Aos poucos, todos começam a desaparecer, inclusive ele, e só sobra você pra procurá-lo.

Você o procura por mais de 1 hora. De repente, se lembra de tê-lo ouvido falar que estava com fome.

Você encontra o seu amigo sentado na escadaria próxima ao carrinho de cachorro quente. Ele dorme com um pão seco na mão. Seco porque um cachorro roubou a salsicha.

Quanto tenta levantá-lo, ele diz: “- Não vai dá, não vai dá não.”

E você responde: “- Vai ter que dá, vai ter que dá!”

Mas, o “bicho” desmaia e o jeito é chamar uma ambulância pra levá-lo pro Hospital.

Antes disso, porém, rola muita coisa...

Você compra cerveja boa, gelo e enche o isopor. Aí, aparece aquele parente com 4 latinhas de uma cerveja cuja marca você nunca viu e ele diz: “- Trouxe pra colaborar.”

E o palhaço toma toda a sua cerveja, enquanto a dele, nem o seu amigo bebum quer saber.

Ah, não podemos esquecer a bendita espuminha de Carnaval. A espuma lançada ao ar sempre cai dentro da lata de cerveja.

E não adianta tampar a lata com a mão porque na hora que você abrir a boca para cantar “... cachaça não é água não...” a molecada vai espirrar a espuma na sua goela.

E sabe aqueles caras briguentos que só vão pra arrumar confusão?

Na verdade eles são gays enrustidos. Acompanhe o meu raciocínio:

Há 800 mil mulheres solteiras dando sopa, beijo e o que vai um bom xaveco puder render. Mas, o imbecil vai olhar justamente praquela menina que tá acompanhada pelo cara que é irmão gêmeo do segurança.

Aí, é briga na certa.

Mas, esse negócio de mexer com mulher comprometida é truque.

O cara mexe com a mina, aí o namorado da mina, fortão, vai se atracar e rolar no chão com ele. Na sequência, vem a turma do deixa - disso, geralmente outros caras fortões.

Aí o folgado vai pra casa todo dolorido e diz pros colegas que está feliz porque “brigou”.

Feliz porque brigou uma ova! Ele está feliz porque foi agarrado por um sem número de homens musculosos e suados.

Depois disso, ele assiste o Big Brother e vai dormir, chupando dedo, sonhando que está “de conchinha” com o Cadu.

Mas, apesar do amigo bêbado, da cerveja quadrada, da espuminha e dos brigões, o Carnaval ainda é o Carnaval.

Ruim mesmo é a ressaca (física e emocional) da quarta-feira de cinzas.

Por isso, é que só postei hoje!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Frases


Sabe aquelas frases que você ouve todos os dias no seu trabalho, na escola, em casa... e não aguenta mais?









Relacionei abaixo algumas das frases mais ouvidas e detestadas por nós, os leituristas de luz. E, claro, fiz os devidos comentários.

FRASE 1:

“Pode entrar, meu cachorro não morde!”

Situação: Antes de morar em Atibaia, a mulher que vem me atender morou 2 anos em São Paulo e foi assaltada 17 vezes. Hoje, ela é obcecada por segurança: a casa tem muros de 5 metros de altura, cercas elétricas cortantes, câmeras, alarme, um pôster do Vampeta nu pendurado no portão da garagem e um Pit Bull tão bombado que eu tenho certeza que ele é colega dos caras da minha outra postagem, “Malhação”.

O pior é que tem leiturista que acredita que o bicho não vai morder e entra na casa. Aí, obviamente ele vai ouvir a FRASE 2:

“Ai, desculpa, moço! Foi a primeira vez que o meu cachorro atacou alguém!”

Tenho certeza que se um dia eu e meus colegas leituristas formos submetidos a uma regressão hipnótica, descobriremos que na vida passada fomos irmão chineses donos de um restaurante especialista em carne de cachorro.

Quer dizer, leiturista levar mordida de cão é uma questão de compensação da vida passada. Faz parte do nosso Carma.

Mas, nem todas as frases envolvem cães.

FRASE 3:



“A minha conta tá vindo muito alta, viu!?”

A pessoa fala como se fosse eu que usasse a energia elétrica da casa dela. Juro que dá vontade de responder:

- Por um acaso eu tomei banho na sua casa? Não! Então vai reclamar da conta pro Ricardão!

FRASE 4:



“Deu pra ver aí?”

Puta que o pariu! A gente pára na frente do relógio de luz, marca, vai embora e quando já tá lá onde Judas perdeu a virgindade, a pessoa chama pra perguntar se deu pra ver direito.

Aí, quando ela vê a cara de bosta que eu faço, quer disfarçar fazendo uma piadinha:

Deu pra ver aí? Ou, viu sem mesmo? Ha ha ha ha!

Dá vontade de na cara dele, isso sim!

Ou então:

“Deu pra ver aí?”

“Dei! Dei pra ver, sim! Dei até assar! Inclusive, o senhor não tem um Hipoglós aí pra me emprestar?”

FRASE 5:



“O leiturista não passou na minha casa. Deve ter marcado a luz ‘a olho’”.

Vai tomar no olho!

Primeiro: nossa empresa é terceirizada. Cada leitura que deixamos de fazer, a empresa deixa de receber, Portanto, há uma grande cobrança para que façamos a leitura. Acontece que tem gente que não atende a gente nem a pau e depois vem falar que não passamos na casa delas. Da próxima vez, vou arrombar a porta.

Segundo: trabalhamos com um método que não permite que façamos a leitura “a olho”, ou, por média, como as pessoas dizem. Quando não dá pra fazer a leitura, justificamos e voltamos no dia seguinte.

Às vezes, está um puta temporal, ou um sol do inferno, aí vem um lazarento e fala: “Tá marcando direito? Acho que vocês marcaram “a olho” na minha casa.”

Dá vontade responder:

- Eu poderia estar em casa, sentado no sofá, tomando uma cerveja gelada e “chutando” a leitura, mas, como sou masoquista, prefiro ficar andando embaixo desse sol de 40 graus até pegar uma ensolação, além de ficar ouvindo pessoas como o senhor falando merda na minha orelha. Adooooooooro!



Apesar de insuportáveis, muitas vezes, essas frases idiotas que ouvimos nos fazem refletir.

Esses dias, assistindo ao BBB 10, ouvi o Marcelo Dourado dizer uma frase que me fez pensar se aquele programa é pra valer mesmo ou combinado. A frase "genial" era mais ou menos assim:

“Se um homem saudável transar com uma mulher com AIDS e ele for heterossexual, ele NÃO pega AIDS.” (Marcelo Dourado).

-AAAAHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Depois disso, comecei a pensar no porque de assistir aquele programa. Sim, pois, se aquele cara é um imbecil por dizer uma frase absurda daquelas, eu que fico dando ibope pro programa sou o quê, então?

Por outro lado, se eu não ver nem ouvir essas coisas bizarras, de onde vou tirar material pra escrever minhas postagens?

Afinal, merda é adubo!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Curtas


Ontem à noite, vi na TV a propaganda do Ministério da Saúde contra o crack.




O Slogan da campanha é: “Nunca experimente o crack. Ele causa dependência e mata”.



Hoje, arrumando o armário, achei um jornal velho cuja matéria de capa dizia:



“Travesti que se envolveu com craque do futebol morre em São Paulo.”



O Ministério da Saúde sempre tem razão!



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Na casa da minha mãe há duas cadelas: Preta (a grande) e Pity (a pequena).



Sempre que chega alguém, Preta, a grande, dá uma cheiradinha básica e logo depois vai pegar algum brinquedo pra chamar a atenção.



Já a Pity, a pequena, fica latindo e ameaçando morder, mesmo quando a gente dá bronca nela.



Dias atrás, Pity escapou para rua e se atracou com um enorme Pit Bull, daqueles de briga.



Você pode até não acreditar, mas a pequena cadela quase matou o Pit Bull...



...engasgado!



É o que eu sempre digo: cachorro bravo tem que ficar preso!



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Certa vez, um amigo careca me chamou de Metrossexual só porque eu disse que raspava o meio das minhas sobrancelhas.



Na verdade, eu não tenho sobrancelhas, tenho sobrancelha, no singular. Porque ela começa em cima de um olho e vai direto, sem intervalo, até o outro olho.



Tipo uma taturana que ficou gigante após sofrer os efeitos da radioatividade.



Taturana de Hiroshima.



Então, sempre que vou fazer a barba, aproveito e dou uma raspadela de leve. Mas, nada que se compare a sobrancelha “bem feita” do Richarlyson.



Depois de explicar isso pro meu amigo careca ele disse:



- Olha, Paulo, se raspando o meio da sobrancelha ela já fica pau-a-pau com a da Malu Mader, imagina se você não raspar! Fica igual ao do Monteiro Lobato. Ha ha ha ha!












Aí eu respondi:




- Pelo menos, quando eu ficar careca, vou poder disfarçar.



- Como?



- Penteando a sobrancelha pra trás!


Depois disso, ele nunca mais tocou no assunto.