quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

SIMPATIAS DE ANO NOVO





Existem milhares de simpatias que as pessoas fazem na virada do ano. Vou comentar 5 delas.

1 – Coma lentilha

Perguntei pra uma tia mais supersticiosa por que comer lentilha traz sorte. Ela respondeu: “Como a lentilha é um alimento que cresce, faz a pessoa crescer também”.

Pensei seriamente em indicar a lentilha pro Pequeno Pônei, mas, depois de profunda reflexão, cheguei à conclusão de que existem outros alimentos que podem nos fazer crescer mais do que a lentilha. Por exemplo:

Cerveja = cresce a barriga;

Doces e frituras = também;

Camisinha furada = também (só não vá comer a camisinha!);

Remédios para ereção = cresce o... a... a auto-estima.


2 – Para atrair coisas boas, pule num pé só (pé direito) à meia-noite

Fico pensando no saci-pererê. Se ele for canhoto tá ferrado!

E outra, dependendo do tamanho de quem for pular num pé só, o máximo que vai atrair é uma luxação no joelho direito.

Se a pessoa estiver bêbada, piorou. Porque antes de começar a pular, alguém vai pedir pra ela fazer o “quatro” com as pernas. E pra fazer o “quatro” é preciso ficar com o pé esquerdo no chão. E se bem nessa hora der meia-noite, o bêbado se danou: vai ter azar o ano todo.


3 – Não coma aves ou caranguejo

Como esses animais ciscam ou andam para trás, acredita-se que quem comê-los regredirá na vida.

O mesmo vale pra quem tem uma namorada(o) dançarina(o) que sabe fazer o Moonwalker (aquele famoso passinho do Michael Jackson).


4 – Pule 7 ondas para ter sorte

Olha, se você conseguir chegar à praia antes do ano novo, com esse trânsito, esqueça as ondas porque você já tem sorte demais!


5 – Guarde uma folha de louro na carteira pelo ano todo

Dizem que atrai sorte.

Mas, não seria melhor usar a folha de louro pra temperar a lentilha que vamos comer?

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A vontade de fazer um blog já existia há muito tempo dentro de mim.

E o receio, também.

Eu pensava: “Como convencer as pessoas a lerem o blog de um cara totalmente desconhecido como eu?”

Numa tarde de sexta-feira, 8 de maio de 2009, resolvi que arriscaria criar o meu blog. E criei!

Espalhei pros amigos mais próximos. Juliana (2 e meio) foi a primeira a deixar um comentário. Isso me deu alegria e ânimo para continuar.

Depois, contei pra um amigo que há muito tempo me incentivava a escrever: Oscar. Ele deu a ideia de escrevermos sobre um mesmo assunto e, no final, colocarmos o link do blog do outro. Depois desse dia, meu blog bombou de visitantes.

E o Oscar continuou a me ajudar, falando do meu blog em suas postagens, no twitter e, mais recentemente, colocando um link do meu blog no blog dele.

E o mais bacana é que vi outras pessoas indicando meu blog no twitter e em seus próprios blogs.

Por isso eu não poderia me despedir de 2009 sem fazer 2 coisas:

Primeiro: agradecer

Muito obrigado a todos você que acompanham, seguem e indicam o meu blog. Ter 90 seguidores e mais de 26 mil visitas em menos de 1 ano de blog é motivo de muito orgulho pra mim. E eu devo isso a todos vocês!

Segundo: pedir

Se você acredita que pode conseguir algo, se você acredita no seu talento, peço que busque! Por mais medo que eu sentisse, no fundo, eu acreditava que se uma pessoa lê-se o meu blog pela primeira vez, haveria chance de ela ler novamente.

Muitas vezes, o mais importante é dar o primeiro passo.

Não sou guru, nem melhor do que ninguém em nada. Apenas escrevo isso baseado na minha experiência.



QUE TODOS TENHAM UM 2010 DE CONQUISTAS EXTRAORDINÁRIAS!


QUE A ENERGIA DA VIRADA SE MANTENHA DURANTE TODO O ANO NOVO!

SAÚDE, PAZ, AMOR, ALEGRIA, DINHEIRO, SORTE E SUCESSO SEMPRE!


ATÉ BREVE!


Paulo Sergio (P S: O Leiturista)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal



Diz a lenda que se a gente colocar o sapatinho na janela na noite de Natal, Papai Noel deixará um presente dentro.

Quando eu era criança, achava que poderia levar vantagem nisso. Afinal, tenho apenas 1,73 m de altura e calço 43 (às vezes 44).

Então, num certo Natal, coloquei meu "sapatinho" na janela do quintal. No dia seguinte, fui correndo até onde ele estava pendurado, na esperança de encontrar, pelo menos, uma casa mobiliada dentro dele.

Mas, como Natal não é Programa do Gugu nem do Luciano Huck, a única coisa que achei dentro do sapato foi uma barata. E morta, porque na época eu usava um Kichute que fedia que era uma desgraça.

Mas, os anos se passaram e eu descobri que aquele senhor de óculos, barba branca e roupa vermelha não existia.

Quer dizer, existia, mas, não era o Papai Noel, era o "Pinga", pai do meu primo.

Por que será que sempre tem um que é escalado todo ano pra ser o Papai Noel?

Deveria haver um revezamento obrigatório para essa tarefa tão árdua.

Primeiro, o cara tem que ficar até a meia-noite sem tomar uma gota de álcool. Papai Noel com bafo e trocando os presentes da criançada de tão bêbado, não dá!

Além disso, tem que usar aquela puta roupa quente, em pleno verãozão de dezembro e não pode nem suar porque a barba desgruda.

Depois, ele ainda tem que sair escoltado pra criançada não segui-lo e descobrir a farsa.

Mas, sempre tem um garoto mais velho e metido a esperto que tenta estragar tudo dizendo:

- Eu sei quem é o Papai Noel!

Aí, um adulto mais esquentado diz:

- É mesmo? Então fica na tua ou vai virar comida de rena!

Falando em rena, uma vez, um moleque chegou correndo dizendo que o Papai Noel havia deixado o trenó estacionado no campinho atrás da casa da minha tia. No dia seguinte, outro menino ainda confirmou:

- É verdade mesmo, a grama lá do campinho tá mais baixa do que ontem.

Tô torcendo pra esse ano o bom velhinho deixar as renas aqui na viela do lado de casa porque o mato já tá quase cobrindo o poste elétrico.

Ontem, fui fazer a leitura da luz numa casa e uma mulher muito simpática apareceu com um panetone na mão dizendo assim:

- Olha, Papai Noel apareceu aqui e pediu pra eu entregar isso pra você.

Eu respondi:

- Obrigado! E aproveitando que a senhora é tão chegada dele, diz que o meu pedido de Natal desse ano é ganhar na mega sena da virada!

Quem já leu minhas outras postagens deve ahcar que tenho uma espécie de fixação em ganhar na mega sena, de tanto que já falei sobre isso. Na verdade, não!

Estou apenas fazendo um teste para ver se a "Lei da Atração" do livro "O Segredo" funciona mesmo. Tanto que caso eu ganhe os 85 milhões do prêmio, vou distribuir tudo entre as pessoas carentes...

... as pessoas carentes aqui da minha casa.

Falando sério:

Conheço gente que não gosta de Natal. Dizem que é uma época de falsidade, quando as pessoas saem cumprimentando aqueles de quem falaram mal o ano todo, como se nada tivesse acontecido.

Aí eu pergunto:

Quantas vezes por dia nós temos que "engolir sapo" de clientes mal educados, de fornecedores estressados, de chefes mal humorados porque não "deram uma" na noite anterior?

Muitas! E por quê?

Pra garantir o nosso emprego.

Somos falsos por causa disso?

Talvez. Mas, é um mal necessário.

Nesse Natal quero apenas estar com as pessoas que gosto. De repente, pode até ser que o cunhado mala apareça. E daí? Não preciso me tornar amigo dele. Mas, o que custa tomar umas cervejas e jogar conversa fora com o cara?

E pra quem não suporta a família, procure ficar com os amigos. E não reclame deles, pois, foi você mesmo quem os escolheu!


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A todos que me apóiam, lendo, seguindo e indicando o blog, desejo apenas uma coisa nesse Natal:

- MUITA LUZ PRA VOCÊS!!!

Afinal, eu sou um dos únicos que podem desejar isso, pois sou: "O homem da luz!"






sábado, 19 de dezembro de 2009

Varal


Há um bairro onde faço a leitura da luz em que boa parte das casas não tem quintal e as pessoas colocam as suas roupas pra secar na rua.



Certo dia, fui marcar a luz numa dessas casas e havia um varal cheio de roupas bem em cima do relógio. Marquei a leitura e quando caminhava para casa seguinte, ouvi uma mulher chamar:



- Moço! Moço! Você tá levando a minha roupa!



Percebi que havia algo enroscado no meu boné. Olhei: era uma minúscula calcinha pink!



Não sei por que mas, a minha vontade de rir sumiu assim que o "gigantesco" marido da moça saiu lá fora pra ver o que tava acontecendo.



Mas, pior aconteceu com um colega meu, o Claudio.



Claudio chegou numa casa pra fazer a leitura da luz. Nessa casa, há um muro com um buraco de onde é possível ver o relógio de luz e tirar a leitura.



Nesse dia, porém, havia um varal com um monte de roupa cobrindo o relógio.



Claudio pensou em enfiar a mão pelo buraco e afastar a roupa. Mas, teve medo de que do outro lado houvesse um cachorro esperando pra dar o "bote".



Tocou a campainha da casa. Uma voz lá de dentro gritou:



- Quem é?



- Leitura da luz!



- Ué!? E não dá pra você ver de fora?



- Dá. Mas, hoje tem um monte de roupa na frente do relógio.



Havia muita roupa mesmo. Tanto, que nem a própria mulher conseguia encontrar o relógio.



- Moço, onde que tá o relógio?



E Claudio falou com a boca no buraco:



- Aqui no canto senhora!



- Aqui?



- Isso! Agora é só a senhora levantar a saia.



Nesse dia, Claudio não conseguiu fazer a leitura. Mas, também, como é que ele ia saber que a mulher do outro lado era crente?

domingo, 13 de dezembro de 2009

Amigo Secreto



Julio é gay e ateu e todos na empresa onde ele trabalha sabem disso. E ao contrário do que muitos pensam, é um cara totalmente "do bem". Além de trabalhar e fazer faculdade de Física, ainda arranja tempo para fazer trabalho voluntário num abrigo de idosos. É muito querido pelos colegas.

Maria das Dores é secretária na mesma empresa de Julio. Não sorri e não brinca com ninguém nunca. Mas, gosta muito de criticar e aconselhar os colegas. É religiosa fervorosa e acredita que a sua missão nessa vida é evangelizar a humanidade. Além disso, fez uma escolha pouco comum nos dias de hoje: não ter nenhum tipo de prazer carnal em sua vida. De modo que, aos 45 anos de idade, ainda se mantem virgem.

Em 2007, houve uma confraternização de fim de ano na empresa. Maria das Dores tirou Julio no Amigo Secreto. Sabe o que ela deu para ele?

Uma Bíblia!

E um cartão com os seguinte dizeres: "Depois de provar desse presente, sua vida nunca mais será a mesma!"

Julio, muito educado como sempre, agradeceu. Guardou o livro e, dias depois, o doou a um sebo.

No final de 2008, foi Julio quem tirou Maria das Dores no Amigo Secreto. No cartão que ele a entregou, estava escrito a mesma mensagem do cartão que ele recebeu no ano anterior:

"Depois de provar desse presente, sua vida nunca mais será a mesma!"

Sabe o que Julio deu para Maria das Dores?

Um vibrador!

Conclusão/Conselho:

1 - Nem tudo o que é bom para você, é bom para mim;

2 - Quando comprar presente de Amigo Secreto, compre de acordo com o gosto de quem você tirou e não de acordo com o seu próprio gosto.

Para evitar esses contrangimentos de Amigo Secreto, as pessoas inventaram uma tal de lista onde cada participante escreve aquilo quer ganhar.

Quer dizer, todo mundo já sabe o que vai ganhar. O mais engraçado é que tem gente que na hora que abre o presente ainda faz cara de surpresa:

"- Ai, não acredito! Era isso mesmo que eu queria!"

O duro é quando a pessoa coloca na lista um presente quase impossível de encontrar. Certa vez, uma professora do colegial pediu um disco de vinil do Wando!

Talvez a graça do Amigo Secreto não esteja no presente que a gente (já sabe que) vai ganhar. O barato mesmo é imaginar quem nos tirou, é ouvir os discursos que rolam antes da entrega do presente e, claro, as sacanagens feitas com os embrulhos.

Só espero que esse ano quem me tirou no Amigo Secreto leia essa postagem.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Respostas Criativas para Perguntas Imbecis

Certa vez, um leiturista de luz chamado Chico foi trabalhar num bairro afastado e chegando lá deu de cara com um bando de moleques mal encarados sentados num muro.

Um deles, querendo dar uma de "fodão" perto dos outros, disse o seguinte:

- O tio, vê direito essa leitura aí, senão o bicho vai pegar!

Chico respondeu:

- Por quê? A conta da sua casa tá vindo alta?

- Tá!

- Então pára de se masturbar embaixo do chuveiro que ela abaixa!

Os moleques quase caíram do muro de tanto rir e o babaquinha que quis intimidar o leiturista quase "derreteu" de vergonha.


Também teve o caso da mulher que me viu na frente do relógio de luz da casa dela e, desesperada, perguntou:

- Moço, você vai cortar a minha luz?

- Não, senhora. Só vou fazer a leitura.


- Você não vai cortar mesmo?


- Só se eu usar o dente!


A pessoa tá vendo que eu não tenho alicate, nem luva, nem capacete, nem nada que seja necessário para fazer o corte, mas, ainda sim, ela duvida.

Isso acontece porque as pessoas andam muito desconfiadas, hoje em dia.

Só pra se ter um ideia, outro dia, um amigo teve que usar o seu horário de almoço para ir ao banco e, por isso, não teve tempo de almoçar.

Ele, então, entrou numa lanchonete e pediu:

- Por favor, me vê um quibe!

O atendente, um rapaz enorme e com trejeitos muito afeminados, olhou para o meu amigo e com um sorriso largo e uma voz suave fez a seguinte pergunta:

- Você vai comer agora ou vai levar?

A pergunta pode parecer inofensiva pra você e pra mim. Mas, pra esse meu amigo que é o recordista mundial em levar cantadas homossexuais, não! Ele saiu daquela lanchonete e foi correndo para um boteco, onde, por precaução, pediu uma esfiha.

Agora, as perguntas mais idiotas aparecem nesses programas de TV que exploram a desgraça humana.

A pessoa tá lá num abrigo porque a chuva destruiu sua casa. Aí, aparece um repórter imbecil e faz a seguinte pergunta:

- O que você está sentindo nesse momento?

Se fosse comigo eu responderia:

- Tô sentindo vontade de te dar um pontapé nos bagos, seu retardado!

Ou melhor, nem eu responderia. Já daria um "sem-pulo" no peito dele, logo de uma vez!

Caramba! É óbvio o que a pessoa está sentido naquele momento: raiva, tristeza, impotência, desânimo e muito mais, tudo misturado. E ainda é obrigada a ouvir pergunta besta?!

Tenha a santa paciência!

Só pra acabar ...

Ontem, o programa "Por Toda A Minha Vida" falou sobre Raul Seixas.

Num determinado momento, o "Maluco Beleza" apareceu sendo entrevistado. A jornalista e entrevistadora (uma das melhores do Brasil) lhe fez a seguinte pergunta desnecessária:

- Raul, como surgiu a sua música Pluft Plaft Zum?

E ele respondeu:

- Me deram um papel em branco e eu escrevi em cima.

Como diria o saudoso Seu Saraiva:

- Pergunta Idiota, Tolerância Zero!


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ATENÇÃO: Ninguém presta atenção! 3




A Karen, minha cunhada querida (essa sim) escreveu um texto muito bacana no seu blog sobre a falta de atenção das pessoas nos dias de hoje. O texto se chama "Ansiedade ou Falta de Educação?" e o seu blog é http://www.kcommeuspensamentos.blogspot.com/ .


Inspirado no seu texto, resolvi escrever sobre o mesmo assunto.

Certa vez, aproveitei o meu horário de almoço para ir até a ótica pegar os meus óculos. Chegando lá, o atendente disse que ele teria que buscá-lo numa outra unidade da loja, que ficava ali perto.

Sentei e fiquei esperando. Um tiozinho que também aguardava, começou a puxar assunto:


- Bom dia, garoto!


- Bom dia!


- Posso te fazer uma pergunta?

"Xiiiiiiii! Lá vem!"

- Claro!

- Quanto vocês cobram para instalar um telefone residencial?

- Desculpa, senhor, mas, eu trabalho na ELEKTRO, companhia de energia elétrica.

- Eu sei! Tô vendo o seu uniforme. Por isso mesmo é que perguntei!

"???????????????????????????????"

- Então, senhor, é que a ELEKTRO trabalha com eletricidade e eu sou leiturista de luz. Quem deve saber sobre instalação de telefone é a Telefônica.

- Eu sei! Mas, eu só quero saber quanto vocês cobram pra instalar um telefone residencial.

Muitas dessas coisas que vivo, eu sei, são difíceis de acreditar. Às vezes, chego a pensar se não estou fazendo parte de um Reality Show ou daquelas pegadinhas do SBT. Outras vezes, penso se o meu modo de falar não é claro o suficiente.

- Olha, senhor, isso é só com a Telefônica mesmo!

- Tá bom! Muito obrigado, viu!?

O cara ainda ficou puto comigo. E, com certeza, deve ter espalhado por aí que eu era um mal educado que não quis passar informações pra ele.

Mas, pior do que esse tipo de gente que ACHA que sabe de tudo e não presta atenção em nada, são aquelas pessoas que nos largam falando sozinhos.

Lembrei até de um fato curioso. Na adolescência, eu tinha um amigo que era assim: ele falava horas sobre a sua vida e quando eu queria falar da minha por dois minutos, ele, simplesmente, mudava de assunto, comentava sobre alguém que passava ou saía andando!

Hoje, por um desses mistérios da vida, ele é formado em Psicologia! (A profissão onde o mais importante de tudo é saber ouvir!)

Agora eu aprendi: quando estou perto de gente que não vai me ouvir, fico quieto e jamais puxo conversa. Mas, aí, tenho que ouvir o irônico e desagradável comentário:

- Pô, Paulo! Você tá falando muito hoje, hein?! Ha! ha! ha! ha!

Minha vontade é mandar a pessoa tomar no c...!

Mas, não adianta. Ela não iria ouvir.

Adoro conversar. E conversa pra mim é uma via de mão dupla. Enquanto um fala o outro escuta e depois rola a troca. Se for só pra ouvir a outra pessoa falar é melhor ir a uma palestra bem interessante.

Concordo com o que a Karen escreveu no seu blog, a culpa é da ansiedade. Tenho uma amiga que quando me encontra, começa imediatamente a contar tudo o que está se passando na sua vida e não pára nem para respirar!

O pior é que no MSN é a mesma coisa. Quando estou comentando a primeira coisa que ela escreveu (e olha que eu digito rápido!) ela já está no vigésimo quinto assunto!

Agora, se isso dela não respirar pra falar comigo acontecia quando a gente estudava junto e se via, praticamente, todos os dias, imagina agora que não nos vemos há 6 meses!

Vai terminar a conversa Roxa!

Se terminar!

sábado, 21 de novembro de 2009

Aniversário de Criança - 2


Horácio e Wilma, um casal de amigos da minha esposa, poderiam perfeitamente alugar um salão para fazer o aniversário de 9 anos da filha caçula Angélica.



Mas, como enriqueceram a pouco tempo, sentem uma enorme necessidade de exibir a casa nova que compraram. E é por isso que a festa ocorre lá.



Na entrada, há um segurança pegando os convites. Minha esposa, depois de procurar um pouco, diz:



- Caramba! Acho que deixei na outra bolsa.



- Ai, que pena! - respondo fingindo decepção. - Então, o jeito é ir embora, né?



Mas, não dá tempo. Lá de dentro, Wilma avista minha esposa e grita:



- Daaaaaaaaaaani, queriiiiiiiida!



- Oi, Wilma!



Trocam beijinhos. Wilma pergunta:



- Tá tudo bem aí?



- Ai, Wilma, esqueci o convite.



- Imagina! - e virando-se pro segurança, diz:
- Essa daqui é VIP, meu filho, não precisa de convite.



Elas entram abraçadas. Sigo atrás, mas, sou barrado pelo porteiro troglodita.



- Seu convite, senhor.



- Mas, eu estou com ela!



- Sem convite não entra, senhor.



- Então, que se dane!



- O que disse, senhor?



- Eu disse: Dani! Oh, Daaaaaaaaaaaaaani! - gritando.



Elas olham pra trás, Wilma pergunta:



- Quem é ele?



- Meu marido.



- Nossa! Ô segurança, pode deixar ele entrar!



Ajeito minha roupa e entro puto! Mas, como desgraça pouca é bobagem, uns garotos que jogam futebol na sala, acertam uma bolada bem no meio do meu nariz!



Wilma grita:



- Vinícius, bola aqui dentro, não! Vai quebrar meus vasos chineses!



Vinícius é um filho que Wilma teve antes de se casar com Horácio. Dizem as más línguas, que Wilma engravidou após um tremendo porre num suspeitíssimo baile de carnaval e que, por isso, nem ela sabe quem é o pai do garoto.



Meu nariz arde tanto que sai até lágrimas dos meus olhos. Minha esposa pergunta:



- Você tá bem? Quer molhar rosto?



- Quero molhar a garganta! Garçom!!!



O garçom vem e pego uma Long Neck geladassa! Parece que a festa finalmente vai começar.



Tomo um gole. Gosto estranho. Tomo mais um gole. Resolvo ler o rótulo da garrafa que diz: "Zero por cento de álcool".



"Ir para uma festa e tomar cerveja sem álcool é como ir à pizzaria e comer pizza vegetariana;

É como ir numa churrascaria rodízio e só comer salada;

É como pegar a suíte master do motel e comer uma boneca inflável..."



- Paulo! Vamos!



Minha mulher me desperta do devaneio.



A casa é enorme: tem 3 andares e tantas escadarias que é possível pagar uma promessa por dia.



Segundo Wilma, o melhor da festa "está" nos fundos.



Nos fundos há uma churrasqueira apagada, uma piscina enorme enfeitada com flores e um bando de gente conversando assuntos interessantíssimos!



Um grupo de mulheres debate temas como: o salão que faz a melhor escova, o modelo do vestido que a Taís Araújo usou no último capítulo da novela, a cor do sapato que vão usar no próximo Reveillon...



Já um grupo de homens, grandes empresários, travam uma discussão ferrenha para ver quem tem o carro com a maior potência e desempenho nas pistas.



O mais estranho é a ausência das crianças numa festa de criança.



Ouço Wilma comentar:



- Contratei uma moça que se veste de palhaço para entreter as crianças. Estão lá na quadra de esportes.



Resolvo ir dar uma olhada na palhaça. Ela tenta de todas as formas chamar a atenção da criançada.



Primeiro, distribui folhas, lápis e giz de cera para elas desenharem. Mas, as crianças, lideradas por Vinícius, resolvem amassar as folhas pra brincar de guerra de bolinhas.



Em seguida, ela começa a encher aquelas bexigas em forma de salsicha e a modelá-las fazendo diversos objetos e animais. Mas, o Vinícius acha mais legal estourar as bexigas.



Depois disso, ela tenta fazer um teatrinho de fantoches. No começo, as crianças até que prestam atenção. Só que o Vinícius vai lá, arranca o boneco da mão da palhaça e estraga tudo!



Começo a desconfiar que sei de quem Vinícius é filho: filho do capeta!



De repente, a palhaça se levanta com uma cara de poucos amigos, pega a sua bolsa e retira de dentro uma corda!



"Meu Deus! Ela vai amordaçar o Vinícius!"



Mas, a palhaça diz:



- Quem quer pular corda?



"Que pena!"



Wilma aparece e chama todo mundo pra dançar. Eu, que adoro dançar, sou o primeiro a chegar onde está o som. Mas, a música que toca é da Xuxa. Mais precisamente, aquela que diz: "Cabeça, ombro, joelho e pé, joelho e pé..." E cuja coreografia consiste em colocar as nossas mãos na parte do corpo cantada na música.



O foda é que sempre tem aquelas tias cinquentonas, recém separadas, que não fazem exercícios físicos há anos, mas que querem mostar que continuam arrebentando nas pistas. Aí, resolvem fazer a coreografia da música, só que na hora do "...joelho e pé, joelho e pé..." suas mão não chegam nem na canela. Aí, elas forçam e dão um mau jeito na coluna.



Começo a pensar que se o mundo realmente for acabar em 2012, a tal festa já é o começo do fim!



Alguém grita:



- Uma menina caiu na piscina!



Todo mundo corre, mas, ninguém faz nada. Arranco os sapatos e pulo na água. Pego a menina e ela reclama:



- Me larga!



- Mas, eu tô te salvando!



- Me larga, eu sei nadar!



A menina é a aniversariante, Angélica, que de angelical não tem nada! Pois, além de me xingar, ainda me acerta um chute nos "países baixos".



Saio da piscina encharcado, com o saco cheio e, agora, dolorido. Wilma me oferece roupas de Horácio, mas, como ele é ainda menor que o Pequeno Pônei, elas não servem em mim.



O jeito é pegar um uniforme de garçom.



Já com o uniforme de garçom, passo próximo ao grupo de empresários e um deles pede:



- Ô Campeão, pega um uisquezinho pra mim!



A festa está "tão boa" que sinto vontade de chorar! Resolvo ir pra cozinha e me esconder lá. Como estou de uniforme não sou barrado na entrada.



Um dos garçons olha pra mim e diz:



- Ei, folgado, vai ficar parado aí?



- Mas, eu não sou garçom. Eu sou o cara que entrou na piscina e pegou o uniforme emprestado.


- Ah, é mesmo!



- Escuta, você não tem nada de salgado pra comer aí? Não aguento mais comer docinho, já tô até com azia!



- Só um instante!



O garçom vai e volta com uma bandeja repleta de escargot!



- Credo, cara! Eu não vou comer lesma! Me arranja qualquer coisa "normal" aí, uma bolacha Cream Cracker que seja!



- Olha, eu também não gosto de comida chique, por isso, trouxe um lanchinho de casa!



- Ah é? E o que é?



- Pão com mortadela!



- Hummmmmmmmmmmmm! Eu topo!



- Eu vendo!



- Dou 10!



- 20!



- 15!



- Fechado!



O garçom vai buscar o lanche. Quando vou pegar minha carteira no bolso, descubro que ela ficou na calça molhada.



Saio dali o mais rápido que posso. Volto pra festa e já estão servindo o bolo. "Graças a Deus!"

Mais um pouco e já poderia ir embora.



Vinícius e outros garotos da idade dele (12, 13 anos) passam correndo. Entram na casa e sobem as escadas. Minha intuição diz que devo segui-los.



Ouço atrás da porta do quarto de Vinícius, os garotos cochichando e rindo muito. Depois de um tempo, Vinícius diz:



- Vamos descer!



Eu me escondo num banheiro ao lado. Depois que eles descem, entro no quarto e me deparo com uma verdadeira relíquia: a Playboy da Xuxa!



Começo a vislumbrar quanto dinheiro poderia ganhar leiloando aquela raridade na Internet.



Mas, logo em seguida, desanimo. Imaginando quanto poderia perder caso a Xuxa me processasse.



Pelo menos eu mataria a minha curiosidade. Quando vou abrir a revista, minha esposa aparece:



- Vamos embora!



-Ai, que susto! Por quê?



- Quebrou o salto do meu sapato. Vamos sair antes que alguém perceba!



- Justo agora!



Pego minhas roupas e saímos "à francesa". Já na rua, estendo o braço, grito "Táxi!" e imediatamente um táxi amarelo aparece. (Como nos filmes americanos).



Dentro do táxi, me sinto finalmente salvo! Mas, o motorista muda o trajeto e começa a seguir por um caminho escuro, vazio e sinistro.

- Ei, o senhor está indo pra direção errada!



Ele não diz nada. Pára o táxi e desliga os faróis.



Meu coração bate mais alto que a bateria da Beija-Flor!



O taxista desce do carro e desaparece. Resolvo descer também enquanto Dani fica no carro.



Não se vê muita coisa. De repente, surge uma luz no céu. Um disco redondo e enorme se aproxima e para sobre o táxi.



O óvni projeta uma luz azul e o carro, juntamente com a minha esposa são abduzidos!



- Nãããããããããoooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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- Paulo, o que foi? Acorda!



- Hã?!



- Você teve um pesadelo?



- Hã?! Você não vai acreditar!



- Depois você conta. Agora, levanta e vai trocar de roupa pra gente ir logo?



- Ir aonde?



- Almoçar na casa do meu cunhado.



- Nããããããããããããoooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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Essa é uma histórica fictícia, qualquer semelhança com pessoas e situações reais é mera coincidência.
Ou não!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Leiturista?



Outro dia me perguntaram por que o meu blog se chama "P S: O Leiturista".


"P S" são as iniciais do meu nome: Paulo Sergio.


"O Leiturista" é o nome da minha profissão atual: leiturista de luz.


Como todos já devem saber, trabalho na rua e uso uniforme. Mas, o que talvez não saibam é que sempre sou confundido com profissionais de outras áres.


Começando com o leiturista de água.


Às vezes, calha do leiturista de água passar no mesmo dia que a gente, só que um pouco mais cedo. Aí, quando tocamos a campainha de algumas casas, começa a confusão:


- Quem é?


- Leiturista da luz.


- Já passou hoje.


- Impossível, senhora.


- Já passou hoje sim! Até deixou a conta!


- Então, quem passou foi o leiturista da água. Eu estou fazendo a leitura da luz.


Silêncio eterno...


O portão automático se abre. Eu entro, tiro a leitura e quando estou saindo a mulher pergunta:


- E a conta?


- A conta não sai na hora, senhora.


- Como não? Mudou o sistema? Sempre saiu!


- A conta que sai na hora é a de água, senhora. A conta de luz só vem daqui a uma semana. E quem entrega é o carteiro.


A mulher faz aquela baita cara de desconfiada e diz:


- Sei!


Provavelmente ela pensa que eu não entreguei a conta pra ela porque não quis.


Só não sei o que eu ganharia com isso.

Aí, pra completar a confusão, a senhora entra e o seu marido pergunta:


- Quem era?


- O leiturista da água.


- De novo? Mas, já passou! Ei, moço!


As pessoas desconfiam de tudo, mesmo.


Outro dia, parei ao lado de um carro estacionado pra amarrar o meu sapato, quando uma mulher gritou da janela:


- Ei! Você chamou pelo menos?


- Como, senhora?


- Você por um acaso me chamou aqui em casa, antes de multar o meu carro?


- Não, senhora, eu não...


- Pois, devia! Eu moro aqui faz 35 anos e só parei o carro aí 2 minutos pra pegar um documento que esqueci e...


- Senhora! Só uma explicação: eu sou leiturista de luz, portanto, não vou multar o seu carro.


A mulher ficou muda. Depois de "3 anos" analisando meu uniforme, ela perguntou:


- Mas, você sabe se eu posso estacionar aí?


Se ela que mora na rua há 35 anos não sabe, porque é que eu, um leiturista, iria saber?


Aliás, acontece um negócio muito engraçado com a gente. As pessoas sempre acham que a culpa da conta delas vir alta é nossa. Ou seja, elas acham que nós não sabemos fazer leitura direito.


Por outro lado, elas acreditam que a gente sabe de coisas que nem Freud poderia explicar.


Na quarta-feira de manhã, mal saí na rua pra fazer leitura e já vieram me perguntar por que rolou o "apagão" na terça-feira à noite.

E eu é que ia saber?


Outro dia foi engraçado. Passei na porta de um campo de futebol onde estavam vários garotos uniformizados. Um deles, de uniforme verde, virou pra mim e perguntou:


- Vai ter jogo?


- Você tá perguntando pra mim?


- Tô! Vai ter jogo ou não vai?


- Sei lá!


Continuei andando e ouvindo a conversa dos moleques. O goleiro chegou pro garoto de verde e disse:


- Você é tonto?! Por que você perguntou pra ele se ia ter jogo?


- Ah, pensei que ele fosse o juiz.


Jamais imaginei ser confundido com juiz de futebol.


Pelo menos não xingaram a minha mãe!


Agora, o mais comum mesmo é ser confundido com guarda municipal.


Todas as vezes que paro próximo a uma avenida ou rua movimentada, as pessoas dos carros que passam por mim colocam rapidamente o cinto de segurança.


Acho até que merecia receber um pagamento do governo por contribuir indiretamente com a segurança no trânsito.


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Corpo Municipal de Teatro de Atibaia






Quem deseja ser ator, cantor, dançarino, músico ou ter qualquer outra profissão relacionada a arte no Brasil, sabe o quanto isso é difícil.


A começar pelo preconceito de quem está ao nosso lado.


A pessoa pergunta:


- Vai prestar vestibular pra quê?


- Pra Artes Cênicas.


- Noooooossa!


- Por que "Noooooossa!" ?


- Sei lá. É que conseguir ser ator de TV é tão difícil?


- Mas, eu quero ser ator de Teatro.


- Xiiiiii! Pior ainda! Ator de Teatro vive duro!


Você desiste das Artes Cênicas e presta Letras. Três ou quatro anos depois você está formado, mas, não consegue pegar aulas porque não aparece concurso público na área e as escolas particulares exigem experiência.


As contas não param de chegar e você precisa arranjar um emprego digno. Resolve mandar um currículo pra uma fábrica de rolhas que te contrata no dia seguinte.


O tempo passa e as perspectivas de subir de cargo dentro da empresa só descem.


Você recebe o pagamento no quinto dia útil e no dia seguinte, ele já acabou!

Um dia você acorda e percebe que mesmo não sendo ator, você é um duro!


Surge um grupo novo na cidade e você decide arriscar. Antes do teste você treme como vara verde, mas, no final é aprovado. Feliz, você espalha a notícia aos quatro ventos.


A partir daí, as pessoas começam a te perguntar sobre o Curso de Teatro. E aqui é importante destacar que existem três grupos de pessoas:


O Grupo dos Interessadíssimos


São aquelas pessoas que conseguem ficar mais empolgadas e excitadas com o curso do que você mesmo. Geralmente, elas te perguntam uma coisa atrás da outra, como se você tivesse a "bagagem teatral" da Fernanda Montenegro pra poder responder. Além disso, elas repetem sempre as três frases abaixo:


"Quando tiver apresentação, não esquece de me chamar, hein!?"


"Quando você ficar famoso, vê se não esquece da gente, hein!?"


"Quando você trabalhar com o Tiago Lacerda, pede um autógrafo com dedicatória pra mim, hein!?"


Com certeza, é o melhor grupo!


2º O Grupo dos Falsos Interessados


São aquelas pessoas que não entendem o verdadeiro sentido de você estar fazendo Teatro.


- E o Teatro, como vai?


- Ah, tá super legal e...


A pessoa te interrompe e com um sorriso de quem tem muita sabedoria ela diz:


- Que bom! Fico feliz por você! Acho que o Teatro vai ser muito bom pra você que vai dar aula.


"INFERNO!!!!!!!!!"


Se você quisesse ser professor você estaria fazendo Teatro ou investindo numa pós-graduação?


Para essas pessoas, Teatro não passa de uma terapia ou uma espécie de "cursinho para falar bem em público".


3º O Grupo dos Interessados em te ridicularizar


São aquelas pessoas que te perguntam sobre o Teatro só pra ter o prazer de te dizer uma frase destrutiva após a sua resposta.


- E o Teatro, como tá?


- Legal!


- Só isso!? Fala mais!


Você não quer falar porque sabe como aquela pessoa é. Mas, como ela insiste você começa. E, no decorrer da sua fala você vai se soltando e contando sobre o andamento das aulas, com a ingênua esperança de convencer o seu ouvinte de que fazer Teatro vale a pena. Aí, no ápice da sua empolgação, ele vira e pergunta:


- Mas, você acha que isso dá futuro?


Essas pessoas são do tipo que sempre perdem as ótimas oportunidades de ficarem quietas!


Pra piorar, você fica sabendo que ela está falando de você por trás:


- Onde ele tá com a cabeça pra fazer Teatro? Puta perda de tempo! Coisa ridícula!


Sua vontade é pegar essa pessoa e enfiar uma rolha em sua goela, mas, decide que a melhor atitude é não mais tocar no assunto "Teatro" com ela.


Num belo dia, sua peça entra em cartaz e você, obviamente, não convida aquele inconveniente para assistir.


A peça "arrebenta a boca do balão". Essa pessoa lê no jornal as excelentes críticas sobre a peça e sobre a sua atuação. Então, um dia vocês tem a infelicidade de se cruzar na rua. Ele chega "P" da vida pra você e questiona:


- Pombas! Por que você não me chamou pra assistir a sua peça?



Conclusão: Pra fazer arte, tem que ser artista!


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Como escrevi no meu perfil, desde agosto faço parte do Corpo Municipal de Teatro de Atibaia. Abaixo está uma foto da galera:






Quem tiver interesse em ler a primeira matéria publicada sobre o grupo, clique aqui: http://www.atibaianews.com.br/ver_not.php?id=8387&ed=Cultura&cat=Cultura














sábado, 31 de outubro de 2009

Pizzaria



Dias atrás, minhas irmãs, minha esposa e eu fomos à pizzaria à noite. Como ainda estava cedo, havia apenas uma mesa ocupada.

Sentamos.

Dois minutos depois, um casal ocupou a mesa da frente. Em seguida, quatro pessoas sentaram-se mais adiante.

A garçonete apareceu. Levantei o braço, mas, ela foi atender o casal que havia chegado depois da gente.

Outra garçonete apareceu e foi direto atender as quatro pessoas da mesa ao lado.

As duas garçonetes saíram sem sequer olhar para o nosso lado.

Um garçom veio trazer a pizza daquele pessoal que já estava lá quando chegamos. Aproveitei:

- Garçom!

- Boa noite! Vocês já pediram?

- Não, mas a gente gostaria muito.

- Vou pegar os cardápios.

Ele foi. E estamos esperando a sua volta até hoje!

Muito tempo depois, a primeira garçonete reapareceu. Chamei:

- Ei! Moça!

- Boa noite! Vocês já pediram?

- Será que adianta?

- Como?

- Você sabe se o garçom já voltou da gráfica?

- Que gráfica?

- A gráfica onde ele foi mandar imprimir os cardápios pra gente.

- Ah! Vocês querem o cardápio?

- No mínimo!

- Vou providenciar!

Ela deve ter ido atrás do garçom, lá na gráfica.

O pessoal da mesa ao lado se levantou pra ir embora e eu aproveitei pra pegar o cardápio da mesa deles.

A segunda garçonete se aproximou e eu a chamei:

- Mooooça!

- Boa noite! Vocês já pedi...

- Meia Baiana, meia Frango Especial e 4 latas de Brahma "trincando" de geladas! Obrigado!

Naquele momento, meu nível de strees era tanto, que se a por um acaso acabasse a lenha do fogão, eu poderia assar as pizzas só com o olhar!

Percebendo isso, a garçonete anotou o meu pedido e saiu rapidamente. Um minuto depois, ela voltou trazendo os copos e um balde de gelo com as cervejas.

Quando fui pegar uma lata, percebi que havia 6 ao invés de 4! Pensei: "Deve ser brinde, por causa da demora!"

A pizzaria foi enchendo. Pessoas que chegaram muito depois da gente já estavam comendo e nada da nossa pizza chegar.

Minha esposa, após ouvir um grande estrondo, comentou:

- Nossa! Acho que vai chover!

- Que nada! Foi o meu estômago que roncou.

Um outro garçom apareceu e minha irmã disse:

- Olha, a nossa pizza ainda não chegou.

- Já verifiquei e ela já está saindo! Aqui é mesa... 17, não é?

- Não! É mesa 14! - respondi com a voz do Darth Vader.



- Já volto!

Um minuto depois, aparece a primeira garçonete com uma pizza na mão.

"Finalmente!"

- Foi aqui que pediram: meia Aliche, meia Romeu e Julieta?

- Não! Aqui é: meia Jaca, meia Fruta-do-Conde!

- Ah, então, desculpa!

Comecei a procurar pelas câmeras da "Pegadinha do Faustão".

A mulherada da minha mesa foi ao banheiro. Na volta, minha esposa ouviu um garçom dizer para o outro que a nossa pizza havia sido entregue em outra mesa!

Será que o pessoal dessa outra mesa não percebeu que não era a pizza que eles haviam pedido?

Povo sem paladar! Com certeza foram eles que pediram aquela "meia Aliche, meia Romeu e Julieta", porque pra conseguir comer peixe com goiabada a pessoa deve ter nascido sem paladar!

Surge a segunda garçonete:

- Vocês querem pedir mais alguma coisa?

- Uma pizza já seria bem legal! Quem sabe duas? Sendo uma de cortesia pela demora. O que você acha?

- Já que o senhor ainda está na dúvida, eu volto daqui a pouco. - saindo rápido, com medo.

Dúvida! Que dúvida? Naquele momento, minha única dúvida era não saber se pedia um suco de maracujá com capim-cidreira pra acalmar, ou se esperava a garçonete se aproximar da escada pra dar uma voadora nas costas dela!

E "senhor" é o cacete!

Já estávamos decididos a nos levantar e ir comer numa outra pizzaria, quando a nossa pizza chegou.

Na hora de pagar a conta, tive mais uma "surpresinha". Descobri que aquelas 2 Brahmas que mandaram a mais na nossa mesa, não eram cortesia!

De cobrar, ninguém esquece, né?!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pequeno Pônei - parte 3


Quando o Pequeno e eu estávamos na 6ª série, éramos extremamente criativos.

Pena que as professoras não entendessem isso.

Certa vez, estávamos trocando bilhetinhos durante a aula quando a professora, que era uma fera, percebeu e disse:

- O que é que tem nesse bilhete aí?

- Nada, não, professora. - respondi tremendo.

Sempre que alguém trocava recadinhos na aula dela, ela pegava o bilhete, lia e dizia que mais tarde iria mostrá-lo ao diretor, que era um verdadeiro ditador.

Claro que isso era apenas uma ameaça, mas, no caso do bilhete que entreguei ao Oscar, era bem provável que ela mostrasse mesmo ao diretor: ele continha poesias feitas com palavrões!

Naquele dia, por muita sorte, a professora estava de bom humor. Depois da minha resposta, ela continuou escrevendo na lousa e não tocou mais no assunto, para o meu alívio.

Mas, aí, o Oscar com a sua mania de ser "explicadinho", quis dar uma justificativa melhor pra professora e estragou tudo:

- Professora, sabe por que a gente tava trocando bilhetes?

- Por quê?

- É que o Paulo vai precisar dormir lá em casa e...

Nesse momento, a turma toda gritou em coro:

- Êeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!!!!!!!

Aqueles maliciosos levaram a coisa por trás!

Até a professora riu!

Sinceramente, eu preferia que ela tivesse pegado o bilhete.

Continuando no assunto escola...

No colegial, certa vez, após ter terminado o exercício proposto pela professora de Português, Oscar ficou fazendo suas palhaçadas até a hora do intervalo.

A professora, que sentia prazer em ser chata, com inveja da sala toda estar prestando atenção no Pequeno e não dar a mínima pra ela, chegou pro Oscar e disse:

- Sabe, Oscar, você pensa que é humorista, mas, precisa aprender muito ainda pra isso.

E o Oscar, categoricamente, respondeu:

- Eu sei que não sou humorista, professora. Sou apenas um "comicuzinho"!

O Flávio, um amigo nosso que "quase não era empolgado", levantou-se e começou a aplaudir o Oscar de pé!

Na sequência, a turma toda fez o mesmo.

Será que hoje, essa professora mudou de opinião?

Mudando de assunto...

Sempre gostei de animais de estimação. Mas, daqueles que interagem comigo, como os cães e os gatos.

Houve uma época em que o Haroldo, um amigão nosso, montou um aquário. O Oscar, que sempre foi chegado à novidades, quando viu o aquário do Haroldo ficou encantado. E no mesmo dia começou a infernizar o seu pai para comprar um aquário também.


Havia aqui em Atibaia um lugar especializado em tudo para aquários chamado Aquariomania.

Naquela época, o Haroldo e o Oscar iam ao Aquariomania praticamente todos os dias. E ficavam lá de 1 a 2 horas, olhando peixes, vendo equipamentos, pegando informações...

O foda é que eles ficavam insistindo muito pra que eu fosse junto.

Como eu não curtia peixes, achava um saco ficar naquele lugar olhando aqueles peixes, ouvindo-os falar sobre o Peixe-Espada, o Lebiste, o Caralho a quatro...

Dizem que observar um aquário acalma a gente. No meu caso, o efeito era contrário!

Sinceramente, eu ODIAVA com todas as minhas forças estar naquele lugar!

Mas, como eu odiava ainda mais a insistência daqueles dois para ir lá com eles, o jeito era ir, sentar na porta e esperar.

A gota d'água aconteceu no dia em que o Oscar resolveu insistir para o pai dele comprar o aquário antes do prazo combinado.

Depois do expediente, o pai do Oscar estava tomando um choppinho pra relaxar, quando o Pequeno entrou no barzinho pra falar com ele.

Eu fiquei lá fora, num ponto onde o pai dele não conseguia me ver.

O Oscar começou:

- Pai, preciso comprar o aquário hoje!

- Pô! Junior! (o pai dele o chamava de Junior) Nós não combinamos de comprar sábado que vem?

- Eu sei pai, mas é que eles tão fazendo uma promoção. E vai acabar hoje! E...

Ele ficou muito tempo lá dentro enchendo o saco. Eu que tava ouvindo de fora já tava ficando "nos nervos". Até que no ápice da irritação, o pai dele disse:

- Pô! Junior! Por que tanta pressa pra comprar esse aquário? Quem é que tá botando essa ideia na sua cabeça? O Paulo?



Juro que quando ouvi isso, não sabia se chorava, ou se entrava no bar e pedia uma dose tripla de Absinto com veneno!

Puta que o pariu! Além de passar pela tortura de aguentar o Haroldo e o Oscar falando o dia todo daquele maldito aquário, ainda fui acusado injustamente de ser o incentivador maior de um dos meus torturadores!

Rezo a Deus que o pai do Oscar leia essa postagem pra saber que eu também fui uma vítima da "Maldição do Aquário"!

Pra fechar...

Há muito tempo atrás, uma amiga minha que também é prima do Oscar, ficou com um carinha.

Ele ficou apaixonado, mas, como ela não quis saber de mais nada além de amizade, o rapaz sumiu por um bom tempo.

Um ano depois, o reencontramos numa balada. Estava com um visual totalmente mudado, meio punk, meio metaleiro e acompanhado de 2 amigos no mesmo estilo.



Os 3 ficaram o tempo todo tentando impressionar a mulherada, contando histórias de como eles eram loucos, de como zuavam, de como eram "foras da lei", além de ficarem soltando uns gritos e grunhidos estranhos quase toda hora.

Depois da balada, ela e suas amigas ficaram conversando com os malucos-beleza em frente a casa dela.

O Oscar e eu, enquanto esperávamos as meninas para ir embora, resolvemos praticar um passatempo meio imbecil: sair correndo em direção a um poste de sinalização, pular e tentar rodopiar ao redor dele.

Depois que aqueles que se intitulavam "loucos" foram embora, minha amiga virou pra gente e disse rindo:

- Sabe o que eles falaram sobre vocês dois? "Nossa! Gostei dos seus amigos! Os caras são muito loucos!"

E a gente que pensava que os loucos eram eles!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cartas, e-mails e afins

Certo dia, quando eu era criança, encontrei uma cartinha que havia sido colocada por debaixo da porta da minha casa. Era a "Corrente de Santa Edwiges".

Lembro de algumas coisas que estavam escritas nela.

"A original desta carta está na capela de Santa Edwiges, na Inglaterra e suas cópias rodam o mundo inteiro. Ela veio lhe trazer muita sorte, porém, é preciso fazer 20 cópias (não lembro se valia xerocar) e mandar para 20 pessoas nas próximas 96 horas!"

Pra convencer o leitor a participar da corrente, na carta contava-se histórias de pessoas que haviam ganhado muito dinheiro repentinamente, pouco tempo depois de terem enviado as 20 cópias.

Mas, se ainda assim a pessoa não ficasse convencida, no final da carta havia o relato dos casos das pessoas que ousaram não mandar as cópias: uma perdeu o filho no 6º dia, outro viu sua empresa falir e perdeu tudo o que tinha.

Na época, fiquei muito confuso sobre o que fazer: escrever as 20 cartas ou não?

Pensei tanto, mas tanto, que o prazo de 96 horas acabou passando.

Resultado: Meu filho não morreu no 6º dia, nem a minha empresa faliu.

Talvez seja porque, aos 7 anos, eu não tinha filhos nem trabalhava.

Dias atrás, recebi um fermento de um tal de "Bolo do padre Marcelo".

Não é querer ser chato, mas, havia tanto erro de Português e a letra era tão ilegível, que eu cheguei a pensar em procurar o Consulado do Egito, pra ver se alguém conseguia decifrar aquele hieróglifo.




Confesso que não sou nada ligado a religiosidades, porém, sou bastante ligado a comida. Esse bolo era pra ser feito em 3 dias (tempo do fermento se multiplicar). Aí, deveria ser dividido em 3 partes iguais. Duas partes deveriam ser passadas pra frente junto com a cópia da receita e a terceira parte ficava pra gente fazer o bolo.

O bolo ficou tão bom, mas tão bom, que resolvi ficar com as 2 outras partes do fermento pra fazer mais bolos!

Quer dizer, corrente chegou em mim, parou!

Principalmente se for corrente vinda por e-mail.

Dias atrás, recebi uma que dizia assim: "Se você tiver tempo para Deus, leia!"


Quer dizer que se eu não quiser ler eu sou um herege?

A pessoa que cria esses e-mails usa a mesma técnica da promoção do Estadão: o jornal oferece ao leitor a oportunidade de escolher quanto ele quer pagar no primeiro mês de assinatura. Só, que o cara da propaganda pergunta assim: "Qual é o valor do conhecimento?"

Quer dizer, se você quiser pagar R$1, 00 pelo primeiro mês de assinatura do jornal, você pode. Só que vai estar afirmando que o valor do seu conhecimento vale um realzinho de merda! Ou seja, você é um burro!

Eu dou muito valor ao meu conhecimento, e ao meu bolso também! Por isso, quando quero ler jornal, eu não compro, vou à biblioteca pública e leio de graça!

Voltando ao e-mail...

Eu acho que o título da mensagem do e-mail que recebi já começou errada. Ao invés de ser: "Se você tiver tempo para Deus, leia!", deveria ser: "Se você tiver tempo para Deus, desligue essa bosta de computador e vá rezar!"

Ou "Vá fazer uma boa ação!"

Sei lá!

Bom, pra terminar, quero dizer uma coisa: você leitor(a), querendo ou não, agora faz parte de uma corrente! Funciona assim:

Quanto mais você comentar as minhas postagens e indicar o blog para outras pessoas, mais sorte em tudo na sua vida você vai ter a partir de hoje!


Agora, se você não comentar, nem indicar...













quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Professoras

Na Pré História da minha vida (1985), às vezes, meu pai me levava de carro até à Pré Escola. Num desses dias, o carro quebrou no meio do caminho e eu acabei chegando atrasado uns 5 minutinhos.

Na sala de aula, cada aluno tinha a sua pasta com material escolar (lápis de cor, tesoura sem ponta, massinha etc.) que ficava em cima de um armário que só a professora alcançava.

Nesse dia do atraso, a atividade que a professora estava passando era desenho livre. Em cima da minha carteira havia uma folha em branco. Faltava o lápis de cor. Então, eu, educadamente cheguei pra professora e pedi:

- Professora, a senhora pode, por favor, pegar a minha pasta de material?

E ela "singelamente" respondeu:

- NÃO! chegou atrasado vai ficar sem material!

Comecei a pedir lápis emprestados aos colegas. E ela disse:

- Sem emprestar!

Minha última opção era pegar a "caixinha dos pobres".

A "caixinha dos pobres" era o nome de uma caixa de sapatos que ficava em cima da mesa da professora e continha material escolar para aqueles alunos que não tinham condições financeiras de ter o seu próprio material.

O problema é que quase todos os lápis da caixinha não tinham ponta e o giz de cera era tão velho que certamente foi usado por aqueles homens das cavernas que faziam pinturas rupestres.

Quando fui pegar a caixinha, a professora me impediu:

- Não! Não quero que pegue a caixinha, também!

Eu tinha apenas 6 anos de idade e já sabia que aquilo que a professora estava fazendo comigo não tinha a menor lógica (embora ainda não soubesse o que era lógica).

- Mas, professora, se eu não posso pegar o meu material e nem emprestar de ninguém como vou fazer o meu desenho?

E ela respondeu:

- Se vira!

Senti vontade de me virar e lançar um bumerangue no pescoço dela!

Só depois de "curtir" o meu desespero por mais uns 10 minutos é que ela resolveu pegar o meu material.

Pior do que ter sido humilhado pela professora foi ninguém ter acreditado nessa minha história na época. Só deixei de passar por mentiroso quando essa professora foi afastada no fim do mesmo ano para se submeter a um rigorosíssimo tratamento psiquiátrico!

Mas, nem só as professoras psicopatas fizeram parte da minha formação escolar.

No cursinho, curiosamente tive duas professoras com nome de carro: Mercedes, professora de Espanhol e Clio, a melhor professora de Literatura que tive na vida!

Esse fato curisoso se estendeu para o meu estágio da faculdade. Uma das professoras de quem assisti aula, se chamava Karen. E seu apelido era KA (outro nome de carro).

Depois da faculdade, fiz um pouco de aula de canto. Minha professora não tinha nome de carro. Em compensação, seu carro tinha nome de mulher e de cantora: Elba!

Até na ficção esse negócio de professora com nome de carro já aconteceu. Lembro que na novela "Mulheres Apaixonadas" havia uma professora vivida pela atriz Vera Holtz que se chamava Santana.


Santana era alcoólatra e passou a novela toda lutando contra o vício. Só nos últimos capítulos é que ela conseguiu iniciar um tratamento sério capaz de livrá-la da bebida.

Fosse hoje em dia, nem precisaria fazer tanto esforço. Bastava fazer uma conversão do seu motor para GNV (Gás Natural Veicular) e Santana teria se livrado do álcool de uma vez por todas!



Falando em novela, que lembra TV, lembrei de uma professora que tive na 6ª série que era a cara da Marge Simpson.

Essa professora, com a desculpa de dar aulas para muitas turmas, nunca sabia o nome de ninguém. E foi graças a essa sua péssima memória que eu me fodi!

Certa vez, a nossa turma estava fazendo tanta bagunça na aula dela que o diretor da escola apareceu na porta e disse:

- Professora, manda pra fora todos os alunos que estiverem fazendo bagunça! AGORA!

Lá da frente, ela começou a apontar:

- Vai você... você... você também...

Eu sentava na última carteira da segunda fileira perto da porta. Nunca fui de fazer bagunça. Apenas conversava e dava risada da zoeira alheia. Quando ela apontou mais ou menos na minha direção, imediatamente, o Pequeno rapazinho que sentava na minha frente se levantou.

Mas, ela disse:

- Você, não. O de trás!

Levantei perguntando indignado:

- Eu, professora? Eu?

Saí dali pisando duro rumo à diretoria.

Detalhe: nenhum dos bagunceiros da turma foi pra diretoria, o que causou um grande espanto nos outros professores.

Ah, e só mais uma coisa:

Adivinha quem era o Pequeno rapazinho que sentava na minha frente...