sábado, 11 de julho de 2009

Analisando Cantigas Infantis



Não sou o primeiro nem o último a ficar admirado com o conteúdo violento das Cantigas Infantis brasileiras. Mas, ao invés de ficar falando mal das letras, prefiro fazer uma análise bem humorada desses conteúdos. Pra começar:






O Cravo e a Rosa


O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pôs-se a chorar



O Cravo brigou com a Rosa. Mas, ninguém sabe exatamente o motivo. Segundo boatos, eles estavam juntos fazia um ano. A Rosa, depois que pegou o Cravo flertando com a Margarida, resolveu dar o troco e “algo mais”. Saiu com o Cacto e “mandou bala”. O Cravo, quando ficou sabendo da traição, ficou “ferido” (dor de corno) e a Rosa, depois da noitada, ficou “despedaçada”.

Depois disso, o Cravo tentou suicídio. Foi levado às pressas para o hospital. Quando melhorou, recebeu a visita da Rosa. Ao vê-la, teve um desmaio de ódio. E a Rosa, com remorso pelo que causou, pôs-se a chorar e foi a inspiração para aquela música do Bruno e Marrone que diz assim: "Choram as Rosas, porque não quero estar aqui..."

Outra versão diz que o Cravo e a Rosa discutiam embaixo da sacada de um prédio quando este desmoronou. O Cravo teve escoriações leves, mas a Rosa foi arregaçada.

As investigações apontam que o culpado é um deputado federal que mandou construir o prédio com areia de praia.



Samba Lelê



Samba Lelê tá doente
Tá com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
É de uma boa lambada.





Mais uma vez, recorri aos fofoqueiros de plantão para saber dos fatos.


Samba Lelê não estava doente, só era vítima do preconceito sexual de uma tia beata e fuxiqueira. Pra piorar, ele deu o azar de chegar pra apaziguar a discussão calorosa entre o Cravo e a Rosa, bem na hora que o prédio caiu.


Já dizia a minha avó: “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Ele quis se meter e, literalmente, tomou na cabeça!

Agora, não sei o que a lambada tem a ver com essa história. Embora, digam que a intenção de Samba Lelê era se candidatar a namorada do Beto Barbosa no quadro “Vai dar namoro” do programa “O MELHOR DO BRASIL”




Terezinha de Jesus



Terezinha de Jesus deu uma queda
Foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão





Terezinha, que sempre fora apaixonada por Samba Lelê, ao descobrir que ele “mordia a fronha”, ficou tão desesperada que tomou um porre de wisky numa boate. Quando subiu ao palco bêbada, deu uma queda e foi ao chão. Três caras de chapéu na mão (strippers do Clube das Mulheres vestidos de Cowboys) a acudiram. Em seguida, foi colocada pra fora pelos seguranças.



Atirei o Pau no Gato


Atirei o pau no gato tô tô
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau !!!!!!





Terezinha, após sair da balada, foi ter um acerto de contas com o gato preto de Dona Chica, a sua vizinha. Contou aos amigos que, naquele dia, logo de manhã quando saia de casa para trabalhar, o “maldito” gato cruzou o seu caminho. “Certeza que foi ele que me deu azar” - ela dizia.

Bêbada e revoltada, Terezinha conta que passou a mão num pau de guatambu e desceu o sarrafo no gato. O gato não morreu. Mas, deu um miado tão alto que mais parecia um berro, chamando a atenção de todos, inclusive de sua dona.

Dona Chica, mesmo sendo uma senhora sempre tranqüila que detestava todo e qualquer tipo de confusão, não deixou aquilo barato. Meteu um processo na Terezinha.

Terezinha foi “condenada” a doar cestas básicas por um ano a um asilo de idosos.

Já o deputado, dono do prédio de areia, continua solto.

10 comentários:

  1. Nosssss....agora ate eu cafundi tudo, mas não se esqueça do bicho papão em cima do telhado, ele pode te comer a qq momento....kkkk

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  2. Vou falar no bicho-papão na parte 2.

    Valeu Ju.

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  3. Não acredito que o dono do prédio ainda está solto! rsrs

    Sabe, eu nunca gostei muito de gatos, pois eles sempre atazanavam minha criação de passarinhos e periquitos. Eu até tentei matar um com um super tijolo, mas o FDP voltou e jantou um passarinho. Não entendi, o tijolo o esmagou!? Eu não sabia e após pesquisar descobri que o gato tinha 7 vidas... Eu só joguei 1 tijolo!! rs

    Ficassim!

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  4. Danianderson, você não era assim tão malvado! rsrs!

    Cuidado com o processo da Dona Chica.

    Abraço!

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  5. nossa! depois de lê isso vou pensa 2x antes de canta essas musicas pra minha filha dormir.. acho que não vou conseguir sem da uma gargalhada! hahahaha...
    só vc mesmo...

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  6. Denise, como você escreve letras de música, poderia compor algumas pra cantar pra sua filha.

    Melhor não arriscar cantar essas cantigas infantis. rsrsrs!

    Abraço!

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  7. Amei a conexão das histórias!

    Muitoo criativo!

    Parabéns de novo!

    Sempre agradando hein Paulo Sergio! hahahaha

    E como sempre o deputado fica solto!! kkkkk

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  8. Já percebeu que hoje eu tô passeando pelo seu blog, né?? É que eu tô enviando uns currículos e o meu computador é muuuuiiitooo lento e enquanto eu espero ele pensar o que vai fazer eu dou umas lidinhas por aqui!
    Adoreeeii as suas histórias! Eu e meu irmão e uns conhecidos, já havíamos comentado sobre as letras trágicas de cantiga de criança! Peloamordedeus!! Depois cresce tudo um bando de adulto traumatizado e não sabe porque e fica fazendo anos de terapia botando a culpa nos pais, quando na verdade é dos malditos que criaram essas cantigas!! Fáálaa séériooo!!
    Bjinhuss de novo e de novo...

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  9. Obs: Hoje tive insônia... tô analfabeta!!

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  10. Carol, acho que os caras que criaram essas cantigas estavam zuando, sendo irônicos, tirando uma com a cara dos outros. Só que depois, alguém levou a sério, e espalhou as cantigas aos quatro ventos. rs!

    Bjos!

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