Certa vez, Oscar, Vivian (sua irmã) e eu fomos até o supermercado Barateiro pra comprar leite porque estava na promoção.
Quando vi Oscar pegando o maior carrinho de supermercado que havia, logo deduzi: “do jeito que é exagerado, vai lotar esse carrinho até a boca!”Ao invés disso, ele colocou apenas 1 caixinha de leite dentro.
Pegamos uma fila enorme no caixa. Aí, pra passar o tempo, Oscar resolveu aprontar uma das “suas”: começou a empurrar o carrinho de supermercado pra frente e pra trás, pra frente e pra trás... Como se embalasse um carrinho de bebê!
Não satisfeito, pegou a caixinha de leite “no colo” e disse carinhosamente:
- Não chora, filho! Não chora!
Todas as pessoas de todas as filas olharam em nossa direção. Duas garotas atrás da gente riram muito.
Nesse momento, roxo de vergonha fui até o carro, onde a Vivian estava esperando.
Muito, mas, muito tempo depois, o Oscar apareceu.
Vivian: - Pô! Você demorou!
Oscar: - Paulo, sabe aquelas meninas que estavam rindo atrás da gente?
Eu: - Sei.
Oscar: - Marquei um encontro com elas amanhã, as 3 (da tarde), aqui na frente do supermercado.
Quer dizer, as palhaçadas do Oscar, funcionaram como “isca” pras garotas.
No dia seguinte, chegamos de fusca azul as 14:45h.
3 horas... 3 e meia... 3:45h...
Nessa época, não tínhamos celular. Oscar passou o número do seu telefone fixo pras garotas, mas, esqueceu de pegar o número delas.
Quando o relógio apontou 4 horas, nossa esperança bateu as botas.
Isso aconteceu em MARÇO de 1999 (se não me engano).
Numa tarde de MAIO do mesmo ano, estávamos nós 3 novamente reunidos. Começamos a comentar sobre o dia em que tomamos “um bolo das minas do Barateiro” Daí, Vivian virou pra gente e disse:
- Puta que o pariu! Lembrei de uma coisa! Nesse dia do encontro, vocês acabaram de sair e umas meninas ligaram. Disseram que não poderiam estar lá as 3 e se não dava pra marcar pra mais tarde, tipo 4 horas.
Ou seja, nós não levamos bolo, nós demos o bolo nas minas.
Bem que naquele dia, eu tive a impressão de ouvir uns gritos de meninas, na hora que o Oscar acelerou o fusca azul pra gente ir embora.
Falando no fusca azul...
Oscar contou no seu blog que certa vez colocou 13 pessoas dentro desse fusca. E, graças a essa sua mania de querer bater recordes, quase que eu me ferro!
Há mais ou menos 10 anos, fiz dança de salão. Lá conheci uma garota, digamos assim... “oficialmente comprometida”. Certa vez, marcamos um encontro pra depois da aula de dança. Como a nossa turminha sempre saía depois da aula, ela e eu saímos de lá escondidos da galera.
Quando estávamos subindo uma rua rumo ao local do encontro, já bem longe do salão de aula, ouvimos uma buzina inconfundível. Era o Oscar passando de fusca, com pelo menos mais uns 7 dentro do carro!
Ainda nem era repórter, mas já era inconveniente!
Aqui em Atibaia, havia uma danceteria chamada Atlanta. Numa certa noite, um amigo chamado Alex Moreno foi fazer uma apresentação de dança lá.
Oscar, Vivian, Ana Paula, eu e vários outros amigos estávamos na fila esperando para entrar.
Oscar virou pra mim e disse:
- Paulo, você conhece a Teoria da Invisibilidade?
“Lá vem merda!”
- Não.
- Você se concentra, acredita verdadeiramente que está invisível e ninguém te vê.
- Ah, Oscar, vai tomá no c...
- É sério. Quer ver?
O lazarento do Oscar fez uma cara séria e simplesmente entrou no Atlanta, sem ser notado pelos gigantescos seguranças.
Virei pra Ana Paula e disse:
- Dá certo porque ele é louco! Vai a gente tentar isso pra ver!
Pouco depois ele saiu, entrou novamente e ficou lá dentro. Livrando-se de pagar o ingresso, é claro!
Demorei muitos anos pra entender como ele fez esse truque.
Sabe por quê?
Porque muitas vezes, as coisas estão bem diante do nosso nariz e a gente não vê.
Principalmente se essa “coisa” tiver uma baixíssima estatura.
Tivesse um dos seguranças do Atlanta olhado pra baixo, pra apagar um cigarro, por exemplo, e o Pequeno Pônei teria sido descoberto!