quinta-feira, 28 de maio de 2009

PASSAT

Ser colega de trabalho de verdadeiras lendas vivas é um dos maiores privilégios que o trabalho como leiturista de luz pode oferecer.

Hoje, com a sua prévia permissão, vou falar sobre uma dessas lendas. Seu nome, ou melhor, codinome é Passat.

Passat é, quanto ao aspecto físico, o que podemos chamar de “irmão caçula da Bruxa do Mar”, do Popeye.

Mas, como ele não é verde, há quem o considere mais parecido com o “Mestre dos Magos”, da Caverna do Dragão, embora um pouco mais alto.

Pra descomplicar: Passat tem olhos azuis, é cabeludo, branco como cera e narigudo como... como... bem, não consigo encontrar um modelo de comparação entre os humanos. Talvez entre os animais.

Sim! Passat é trombudo como um elefante africano, é isso!

E foi justamente por causa da tromba que a empresa quase deixou de contratá-lo. Alegavam que ele traria muitos prejuízos, já que teria que usar um tubo de protetor solar por dia naquele narigão.

Contudo, ele acabou sendo contratado por conta de outro aspecto.

Passat é, como toda lenda, um ser tocado por Deus, dotado de um super poder que não é inerente as nós, simples mortais. Esse poder é a super velocidade.

Quando nós, os leituristas, ainda entregávamos as contas de luz, Passat era sempre o primeiro a terminar.

Na verdade, antes de sabermos que ele possuía esse dom supremo, não conseguíamos entender como ele conseguia entregar as contas antes mesmo delas chegarem até nós, em malotes fechados vindos do correio.

Quando ainda era criança, um amigo e eu sempre discutíamos sobre quem ganharia uma corrida: Flash ou Super-man.

Quanta ingenuidade infantil! Logicamente nenhum deles e sim o Passat!
E por que esse apelido? Passat? Com tanta velocidade não seria mais correto apelidá-lo de Bugatti EB 16-4 Veyron (o carro mais rápido do mundo)?
Bem, esse apelido é mais um dos segredos que permeiam a vida desse fascinante ser.

Dias atrás, aconteceu algo surpreendente. Eram quase 6 da tarde, todos já haviam terminado a leitura, menos um: Passat. Nosso encarregado, então, pegou o telefone e ligou para ele:

- Alô! Passat?

- Sou eu.

- O que aconteceu que você ainda não chegou?

- Tô enroscado numa cerca de arame farpado!
Ninguém foi até o local para ajudá-lo. Nem para ter certeza se aquela história era verdadeira.
Passat disse apenas que escapou da tal cerca depois que uma senhora que passava o ajudou.

Contudo, tenho pra mim que uma simples cerca de arame não seria capaz de detê-lo.

É mais provável que ele tenha sido barrado pela teia de uma aranha gigante.

Você, leitor, pode até pensar que estou louco por escrever isso. Mas, é por que ainda não conheceu os meus companheiros de trabalho. Pois, uma vez que você os conhece, nem a novelinha dos Mutantes da Record parece tão absurda!

Um comentário:

  1. Simpismente q abusurdo...e sim, vc é loko de escrever isso, mas eu achei engraçado e tô tentando imaginar a cena desse indivíduo enroscado no arame..

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