Quando estou trabalhando, uso
óculos, boné e uniforme.
Quando NÃO estou trabalhando, uso
lentes de contato e gel no cabelo pra arrepiá-lo.
Lembra do Clark Kent? Então,
bastava ele tirar aqueles óculos que se “transformava” no Super Homem.
Com óculos ninguém o reconhecia.
Com óculos, a sua identidade secreta estava protegida.
Comigo, acontece mais ou menos a
mesma coisa. Faço a leitura da luz na casa de uma pessoa há anos. Chego lá, ela
me cumprimenta. Mas, quando passo na frente dessa mesma pessoa fora do horário
de trabalho, ela não me reconhece.
A diferença é que, ao contrário
do Clark Kent, eu me “transformo” num super herói (Homem da Luz) quando coloco os óculos.
Meus poderes também são outros: a
super paciência e a ironia dosada. Mas, assim como Super Homem, também solto
fogo pelos olhos nos momentos de ira, como mencionei na postagem anterior.
O ponto fraco do Super Homem é a Cryptonita.
O meu é Pit Bull.
O uniforme dele é azul com cinto
amarelo, capa vermelha e a bota das Paquitas na mesma cor. Ah, e claro, a
cueca, também vermelha, por cima da calça.
O meu uniforme é: calça azul, cinto
e sapatos pretos, camisa caqui e a capa (de chuva) amarela. Quando chove,
pareço um quindim gigante andando pela rua.
Com tantas diferenças, é muito
difícil que Super Homem e Super Leiturista sejam confundidos um dia.
Se bem que...
Dias atrás, estava fazendo a
leitura da luz num mercado. Quando saí, dei de cara com uma mulher que conheci
há muitos anos atrás. Ela, sem me reconhecer, perguntou:
- Ah, moço, você é o leiturista da luz ou da
água?
- Da luz. E a senhora já deu aula pra mim.
Ela ficou apertando os olhos
como se quisesse me enxergar melhor ou talvez pra espremer o cérebro buscando um caldinho de memória.
- Hummm. Como é o seu nome?
- Paulo. Paulo Sergio Furquim de Almeida.
- Hummm... (cara de quem
tá chupando limão)
- Foi na terceira série, na escola José Alvim.
Isso faz muito tempo...
Aí ela me surpreendeu:
- Em 1988, né?
- Isso mesmo. Só 23 anos atrás. A senhora
lembrou-se de mim?
- Paulo Sergio... Paulo Sergio... Eu lembro
vagamente... Mas, escuta... Você não era mais moreno?
Como assim???
Com esse verão que anda fazendo,
mesmo usando boné e um quilo de protetor solar fator 15 milhões diariamente,
com certeza hoje estou bem mais moreno do que eu era quando tinha 9 anos. Além disso, como eu poderia ser moreno e agora estar mais branco?
Nesse momento, na caixinha de som
do mercado começou a tocar a música “Billie Jean” e então eu não tive mais
dúvidas: a ex-professora estava confundindo o Homem da Luz com o Michael
Jackson.
É por essas e por outras que eu
falo: ser o Homem da Luz às vezes não é fácil.
Mas, é bem divertido!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirFaz tempo que não rio com uma coisa tão engraçada PS.
Muito bom... Acho que nesses dias vou contar minhas aventuras de quando eu trabalhei no IBGE como recenseadora.
Fizesse chuva ou fizesse sol, lá estava eu de casa em casa tentando convencer cada cidadão de que eu não era a moça do governo e que eles não iam perder a bolsa escola kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Hahaha, o Super Leiturista coloca o Super Homem no chapéu !!!
ResponderExcluirAbraços P.S. ! = )
que bom que o super leiturista tem um bloque.... rs
ResponderExcluirCara quando eu fiz o senso do IBGE eu fui confundido com tudo era funcionário até com o FISCO, menos com o recenseador do IBGE. Tá vendo se eu tivesse assaltado um banco e alguém tivesse me visto eu jamais seria pego, afinal de contas ninguém saberia destinguir que funcionário eu era.......kkkkkkk
ResponderExcluirKauana, putz! Até imagino. rsrs! As pessoas não prestam atenção mesmo.
ResponderExcluirAbraço!
Bia, obrigado! Sem dúvida minha "super paciência e tolerância" é bem maior que as dele. rs!
ResponderExcluirAbraço!
Simey, tá vendo? O Super Homem não tem... rs!
ResponderExcluirAbraço!
Gustavo, você acaba de me dar um ideia... rs! Brincadeira! Deixa o banco pra lá. rs!
ResponderExcluirAbraço!
Quindin gigante... Parecendo um cuscuz ambulaente, andando na rua... rsrs Abraço. Daniel
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