sábado, 30 de janeiro de 2010

Malhação



Quando meu primo Rafael fazia faculdade, havia um colega dele adepto da malhação que ao invés de assistir as aulas, ficava correndo e dando cavalo de pau com a sua camionete no estacionamento da faculdade.

Certo dia, esse colega foi reclamar da nota de sua prova para um professor que disse o seguinte:

- Olha, se você se preocupasse menos em malhar o corpo e malhasse o cérebro, provavelmente teria tirado uma nota melhor.

O “bomba”, mesmo sabendo que o professor estava coberto de razão, quis dar uma de gostoso:

- O senhor fala isso, mas, eu garanto que queria ter um tanquinho igual ao meu. – disse levantando a camisa.

E a resposta do professor veio em tom suave:

- Aí que você se engana. Prefiro ser barrigudinho a ter um "tanquinho". Até porque, embaixo de um “tanquinho” sempre tem uma “torneirinha”.

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O que não falta em academia são caras com corpo de funil: gigantes da cintura pra cima e de pernas finas como hashis. Lembram bastante aquele cachorro do desenho do Tom e Jerry.

Eu tinha um colega de trabalho que era desse tipo. Certa vez, ele passou por uma crise existencial e sua maior questão em relação à vida foi:

“- Por que, meu Deus, por que o dono da academia gasta dinheiro comprando aparelhos para exercitar os músculos das pernas?”

Se um dia eu for brigar com um cara desses, a única coisa que vou fazer é dar-lhe uma bicuda no joelho. Certamente, ele deve cair como um elefante velho e não se levantar nunca mais.

E o papo deles, então?

- Pô, maluco, tô tomando um negócio novo pra ganhar massa.

- Deixa eu ver!

O primeiro mostra a embalagem. O segundo fica inconformado:

- Meu, cê tá louco?! Tomando anabolizante pra cavalo?

- Por quê? É ruim?

- É péssimo! O lance agora é tomar anabolizante pra dinossauro!

Aliás, tem uma galera que já chega na academia munida de um arsenal de suplementos.

O cara abre a mochila e tira uma garrafinha. Despeja 4 comprimidos e enche de água gelada. Chacoalha. O líquido fica azul fluorescente e levanta fumaça. O cara vai, faz 3 séries de apenas 1 exercício e já tomou tudo.

Minha expectativa é que depois de tomar aquilo o cara vire um Avatar.

Mas, não! Ele volta pra perto da mochila e prepara um novo líquido, dessa vez, de cor amarela.

O pior é quando esses caras ficam conversando sentados em cima do aparelho. Ninguém tem “peito” de falar nada, até que um adolescente, magrela, porém corajoso, diz o seguinte:

- Por favor, vocês podem dar licença pra eu fazer o exercício?

Aí, um bombado olha pro outro e diz:

- Dá licença aí pro “fino” malhar. Ha ha ha ha!

O prazer desses caras é chamar os magros e normais de “finos”.

Mas, quem realmente deve ter algo muito “fino” pra ser compensado com tanta malhação, são eles!

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Outro tipo comum em academias, são aquelas mulheres que já passaram dos 40 e que se orgulham de ter um abdômen definidíssimo.

Muitas vezes, chego a ter vontade de dar um soco no estômago delas, só pra ver se é forte mesmo. Mas, depois, fico pensando como poderia atualizar o blog com a mão quebrada e acabo desistindo.

Certa vez, um amigo meu se interessou por uma dessas mulheres aficionadas por malhação. A diferença de idade entre eles era de quase 20 anos, mas, a curiosidade por parte dele de sair com uma mulher mais velha era crescente.

Um dia, marcaram de ir ao motel. Mal podia esperar o dia seguinte para que ele me contasse cada detalhe.

No dia seguinte:

- E aí, Pedro (nome fictício), como foi a noitada?

- Não foi! – decepcionado.

- Como assim? Ela furou?

- Não.

- Então?

- Cara, lembra que eu te disse que ela era viciada em malhação?

- Lembro. Inclusive na foto que você me mostrou, ela parecia bem forte.

- Pois é. Lembra também que ela me disse que era capaz de erguer 90 quilos de uma forma que ninguém no mundo jamais conseguiu?

- Lembro. Mas, o que isso tem a ver?

- Ela me mostrou como.

- E?

- Depois disso, eu tive medo, pavor, entende?

- Medo de que?

- De ficar aleijado.

- Como assim?

- É que pra conseguir erguer 90 quilos do modo que ela ergueu, ela precisou unir a malhação exagerada à uma outra técnica.

- Que técnica?

- Pompoarismo!

sábado, 23 de janeiro de 2010

E o intestino?

Esses dias eu tava pensando quanta coisa a gente fala sem necessidade.



Por exemplo:


Eu tenho características muito peculiares quando espirro.

1º Eu sempre espirro 2 vezes seguidas;

2º Não consigo espirrar com gente falando comigo.

O pior é que sempre que dou o primeiro espirro, alguém que tá do lado fala:

- Saúde!

Será que a pessoa está realmente querendo me desejar saúde ou tá boicotando o meu segundo espirro?

Pior é quando ela fala:

- Deus te crie!

Como assim? Se eu existo é porque Deus já me criou!

Ou será que eu não existo, então?

Não sei, melhor não ficar pensando pra não entrar numa crise existencial.

Mas quem não existe tem crise existencial?

E se eu não existo, isso quer dizer que eu sou apenas fruto da sua imaginação, leitor.

Será?

Bom...

Quando eu fazia faculdade, tinha um amigo que sempre que me encontrava, perguntava:

- E a faculdade?

Aí, quando eu começava a responder, ele saía andando, falando com outra pessoa.

Se ele não queria saber, por que é que perguntava, então? Comecei a pegar uma raiva.

Um dia, ele me pegou de “rabo azedo”.

- E a faculdade?

Respondi bem sério:

- Continua lá no mesmo endereço.

Meu amigo fez cara de quem não entendeu nada. Mas, pelo menos, nunca mais me perguntou algo que não quisesse realmente saber.

Uma pergunta que tenho ouvido muito ultimamente é:

- Quando você vai ter filhos?

Já disse mais de 1000 vezes que ter filhos é algo que não está nos nossos planos (meu e da minha esposa) por enquanto, por uma série de razões. Mas, as pessoas, mesmo sabendo disso, insistem com essa pergunta.

Estou começando a dar respostas cretinas, tipo:

- Quando você vai ter filhos?

- Nunca! Eu não tenho útero!

Ou então:

- Quando vocês vão ter filhos?

- Nunca! A Dani (minha esposa) é lésbica e eu sou gay. Nosso casamento é só de fachada!

(Essa resposta acima é a mais radical que eu bolei até agora. Aceito sugestões).

Ou então:

- Quando vocês vão ter filhos?

- Quando o anticoncepcional falhar! Aí, a gente aproveita pra processar o fabricante e ganha uma grana.

Eu acho que todos nós deveríamos parar de fazer perguntas que todo mundo faz e começarmos a formular questões originais. Como a Patrícia Travassos no comercial daquele famoso iogurte que faz o intestino funcionar.

Há 4 mulheres andando na praia. De repente, a Patrícia chega e fala:

- Oi meninas! E o intestino?

Nunca ninguém me perguntou sobre o meu intestino! Adorei a originalidade da pergunta. Inclusive, eu responderia:

- Vai bem, ontem mesmo, depois do churrasco, funcionou que foi uma beleza! Você tinha que ver, menina!

Abaixo as perguntas cretinas!

Viva a originalidade!

Aliás, leitor, como anda o seu intestino?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Continhos de final de ano


Depois da ceia de Natal, Isabel e suas primas adolescentes resolveram dar um rolezinho pelo condomínio. A ordem da família era que não demorassem, pois ainda teriam que fazer o Amigo Secreto.


Havia várias pessoas em frente as casas e Isabel, com sua beleza estonteante, chamava a atenção por onde passava.

Vários carinhas vieram falar com ela. Aliás, sempre que saía, era assim: Ela podia escolher com quem queria ficar.

Só que desta vez ela escolheu justamente o namorado de uma fisiculturista.

Isabel tomou um soco na boca, uma voadora no peito e uma joelhada no estômago.

O engraçado é que nesse Natal ela só havia pedido de presente uma “rasteirinha”.

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Quando tinha 10 anos, Julinha disse pra família que queria entrar para um convento.

Mas, a adolescência chegou e a convivência com outras garotas da mesma idade fez com que ela mudasse de ideia. Agora, ela sonhava em se casar de branco.

Para isso, aos 23 anos, ela se mantinha membro de um grupo em extinção hoje em dia: o grupo das mulheres virgens com mais de 20 anos.

Julinha ficava aterrorizada com as aventuras sexuais das amigas. Sobretudo, das mais novas que ela. Tanto, que cada vez menos esse assunto era comentado perto dela.

Essa garota não saía à noite. Sua vida girava em torno da igreja. Freqüentava a missa 3 vez por semana e dava aulas de catecismo de segunda à sábado.

Por esses motivos, todo mundo estranhou quando ela apareceu de mãos dadas na festa da paróquia com o Bentão.

Entre as qualidades de Bentão, estava o fato de não gostar de trabalhar, de gostar muito de beber e de fazer bebê (era o pai de pelo menos 6 crianças com 6 mulheres diferentes) e de já ter alugado todos os filmes pornôs das locadoras da cidade.

Praticamente um tarado!

Por isso, o assunto na cidade era o namoro desses dois.

Como Julinha, que queria se casar virgem, conseguia prender o maníaco do Bentão sem sexo? Teria ele sido convertido e salvo por ela? Ou havia aí um truque da moça não revelado?

Depois da comilança do último Réveillon, Julia ficou com algo enroscado em sua garganta. Tomou muita água, leite com nata, comeu miolo de pão seco, mas, nada solucionou o problema. Depois de 3 dias ela resolveu ir ao médico.

Com uma lanterninha e uma pinça comprida, em poucos minutos o doutor Moretson, ao mesmo tempo, resolveu o problema da moça e solucionou um grande mistério naquela cidade ao revelar que o que estava enroscado na garganta da moça nada mais era do que um pentelho.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A desgraça número 2

As duas maiores desgraças na vida de um leiturista de luz são:

1 Cães soltos. (Não os vira-latas da rua, mas os cachorros de raça que escapam pra rua);

2Prédios ou condomínios sem porteiro ou zelador.

Vou comentar a desgraça número 2.

Dias atrás, fui fazer a leitura da luz num prédio que fica numa rua muito movimentada. Como não havia interfone, nem porteiro, tive que ficar gritando, batendo palmas e agitando os braços no meio da rua (como se estivesse atrás do trio da Ivete Sangalo) pra ver se alguém me via por uma das janelas.

No terceiro andar, apareceu um rapaz com cara de chapado falando mole:

- Que que ééééééé?



- Eu preciso entrar para fazer a leitura da luz!



- Tá.

Do seu apartamento, ele acionou um botão que abriu o portão automático e eu entrei. Só que, mais a frente, a porta de vidro que dava acesso aos relógios de energia estava trancada. Tive que bater palmas de novo. O chapado reapareceu:

- Que que ééééééé?



- É que a porta de vidro tá fechada.



- Ah, cara... então... chama outra pessoa. Eu tô dormindo!

Como assim ele tava dormindo? Então eu era o que, um sonho, um pesadelo, uma alucinação dele?

Virei as costas para ir embora, quando ouvi a porta de vidro destravar atrás de mim. Era uma mulher que saía. Fui até ela e disse:

- Bom dia! Posso aproveitar pra fazer a leitura de luz?



- Claro, claro! Fica à vontade!

A moça saiu enquanto eu fazia as leituras. E quando eu fui sair do prédio, surpresa: ela havia trancado o portão automático!

Tive que recorrer ao chapadão, outra vez!

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É importante comentar que, nem sempre, a presença de um porteiro, zelador ou caseiro é uma solução.

Às vezes, é até pior!

Imagina a situação:

Chego numa chácara para fazer a leitura. Ela é tão grande que o portão de entrada fica em Atibaia, mas, a casa mesmo (de onde virá a pessoa para me atender) fica quase no Amapá!

Se houvesse um interfone, aconteceria a seguinte situação:

- Quem é?



- Leitura da luz.



- Pode entrar que os cachorros estão presos.

Simples!

Mas, não há interfone. Só campainha. De modo que eu tenho que ficar esperando a pessoa vir me atender.

Pra “ajudar”, o caseiro é um senhor que aparenta ter pelo menos uns 300 anos. Eu toco a campainha e, graças a Deus, ele escuta. Vagarosamente ele vem em minha direção.

Pra passar o tempo enquanto espero, começo a rabiscar umas folhas que trago no bolso.

Quando o caseiro finalmente chega, já passa de 2012, o mundo já acabou e recomeçou e eu estou com 3 livros muito maiores do que O Senhor Dos Anéis nas mãos, prontinhos para serem publicados. Ele pergunta:

- O que é?



- Eu vim fazer a leitura da luz, senhor.



- Ahhhh! Espera só um pouquinho que eu vou buscar a chave.

Começo a pensar se aquele tiozinho não é o Ivo Holanda disfarçado tirando uma comigo.

Espero muuuuuuuuuuito. Quando ele volta, já estou mais velho do que ele. O caseiro olha pra mim e pergunta:

- Ué? Cadê o menino que veio tirar a leitura?



- Sou eu mesmo! – respondo.

Ele olha pra mim, me examina, depois “dá com os ombros” e diz:

- Então tá!

Ele pega o chaveiro com 800 chaves. Ainda bem que ele sabe de cor de onde é cada uma. Quando ele puxa a corrente do portão pra pegar o cadeado, ela sai na sua mão e ele diz:

- Ah! Já tava aberto!


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Como surgem as lendas



Sabe aquela lenda de que se uma pessoa passar por baixo do arco-íris ela muda de sexo?


Dizem que em meados da década de 80, ocorria na cidade americana de King Deer a maior Parada Gay do Mundo.

Vinha gente de toda parte do planeta e não era permitida a presença de nenhuma mulher, ainda que lésbica.

Certo ano, no início do desfile, desabou sobre a cidade uma forte chuva. Mas, não forte o suficiente para "apagar o fogo" da galera, que continuou a passeata.

No meio do percurso, a chuva parou e, para surpresa geral, um enorme arco-íris se formou sobre a cidade.

Estava estampado no céu, bem na hora do desfile, o símbolo maior da causa: o arco-íris!

O que mais os participantes poderiam querer?

Talvez um moreno alto, de olhos verdes, barriga tanquinho, eles diriam... mas isso não vem ao caso.

Na empolgação da festa, o pessoal todo cruzou caminho por baixo do arco-íris.

No ano seguinte, a cidade de King Deer perdeu o título de maior Parada Gay do Mundo para a sua vizinha, São Francisco.

Em compensação, passou a ser a cidade com o maior número de mulheres do planeta!

Explicação:

O prefeito de King Deer, um trassexual milionário, depois de tomar um porre durante a última Parada, assinou um polêmico projeto dos vereadores locais (todos gays): fornecer operação de mudança de sexo gratuita a toda a população.

E a galera achando que a culpa era do arco-íris...

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Essa todo mundo conhece: tomar manga com leite faz mal!

Há outra versão para o final de Romeu e Julieta que explica o surgimento da lenda acima.

No final da trama, Julieta, por sugestão de Frei Lourenço, toma um elixir que a faz parecer morta. O Frei envia uma carta a Romeu, mas, ela não chega por causa da greve dos Correios.

Romeu encontra Julieta e pensa que ela está morta. Desorientado, vai até a Praça da Sé onde encontra João Boticário, vendedor de CDs e DVDs piratas, entre outras coisas. Romeu pede que João lhe arrume um veneno dos bons.

Botica, como João Boticário era conhecido no pedaço, sai atrás do veneno, mas, não encontra. Para não perder a farta grana que Romeu lhe oferecia, Botica arruma uma garrafa com uma bebida qualquer.

Romeu se despede de Botica e vai até o encontro da amada levando a garrafa. Antes, porém, passa na feira e compra uma dúzia de manga Adem. Tá certo que ele queria se suicidar, mas também não iria morrer com fome!

Depois de devorar as mangas, Romeu toma num gole só, todo o conteúdo da garrafa.

Se fosse eu que tivesse tomado aquela bebida, provavelmente nada aconteceria. Afinal, aquele líquido branco nada mais era do que leite!

Acontece que Romeu era intolerante a lactose.

A lactose juntamente com as 12 mangas começaram a fermentar dentro dele. E Romeu morreu de congestão e não de envenenamento como diz o outro!

Já Julieta, ao contrário do que se pensa, não se matou com o punhal de Romeu.

Ao acordar e perceber que o seu amado estava morto, Julieta desesperadamente começou a abraçá-lo e a apertá-lo contra seu corpo.

Por consequência, um último pum de misericórdia que estava dentro dele escapou. Julieta zonza com o cheiro, desequilibrou-se e caiu sobre o punhal de Romeu.

Conclusão: manga com leite não faz mal!

Mas, também, não precisa comer 12, né!?