sábado, 29 de agosto de 2009

Previsões

Minha sobrinha tem esse livro aí de cima: “O Significado dos Sonhos”.

Esses dias, sonhei que quebrei um espelho. Mais tarde, quando fui à casa da minha mãe, vi o livrinho em cima da mesa e resolvi dar uma olhada. Olha o conselho que havia nele:

“Um espelho quebrado: não jogue durante três dias.”

Fiquei pensando: e se eu jogar? O que poderá acontecer? Perder?

Grande novidade!

O mais estranho é que embaixo da palavra espelho estava escrito assim:

“Números de sorte: 76, 94, 97.”

Se não era pra eu jogar durante três dias, pra que serviam esses números de sorte?

Esse negócio de prever o futuro vem de muito tempo. Na Grécia, ainda antes de Cristo, o voo e o canto dos pássaros eram considerados sinais sobrenaturais e de mau agouro.


De fato!

Domingo, é o único dia que a minha esposa pode dormir até mais tarde. Só que ela sempre acorda cedo por causa do canto de um “maldito Bem Te Vi” como ela mesma diz.

Quer dizer, o canto do pássaro é sinal de mau agouro pro próprio pássaro. Porque se a minha mulher botar as mãos nesse Bem Te Vi não vai sobrar nem uma pena no coitado.

Numa postagem anterior: “Uma historinha de merda”, a Fê comentou que merda de passarinho dá sorte. A explicação é a seguinte (nas palavras da própria): "um passarinho tão pequeno, voando em um céu enorme, caga justamente em você. Isso é um bom presságio".

Também explicou que o mesmo não vale para pombas. Certa vez, uma pomba com diarréia cagou em suas costas e, enquanto tentava limpar freneticamente o líquido viscoso, quase foi atropelada.

Nada de livro de sonhos nem pássaros. Pra mim, o método mais divertido de prever o futuro é indo a uma cartomante.



Quando eu tinha uns 9 anos, minha irmã foi se consultar com dona Nhanhinha (acredite, é esse o nome!) e me levou junto.

A cartomante mandou ela dividir as cartas em 3 montes e escolher 1. Em seguida, começou a espalhá-las sobre a mesa. O baralho esfarelava de tão velho. (Acho que foi a partir daí que começou a minha crise de rinite).

- Você tem que tomar cuidado com uma mulher morena! - disse a cartomante - Ela tem ou terá algum tipo de ligação muito forte com o seu marido!

Levando em conta que o marido da minha irmã era um “galinha” de primeira e que mais de 90% das mulheres atibaienses eram e são morenas, essa previsão não era muito difícil de ser feita.

Contudo, pouco antes deles se casarem, ele contou pra ela que tinha tido uma filha com outra mulher (morena!).

Adivinhação? Destino? Coincidência?

Não! Falta de usar camisinha, mesmo!


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Paulo: o bom professor

Muitos me perguntam:

- Paulo, você é formado em Letras. Por que ainda não tá dando aulas?

Dias atrás, me ligaram da Diretoria de Ensino pedindo que eu levasse urgente meu diploma e histórico escolar, caso tivesse interesse em pegar aulas como professor eventual.

Peguei o ônibus, cheguei lá 16:45h (fechava as 17:00). Na entrada do lugar, a recepcionista lixava as unhas da mão.

- Boa tarde. - eu disse.

- Fala! - respondeu sem olhar pra minha cara.

- Eu vim trazer o meu diploma e...

- É pra pegar aulas?

- É.

- Desce a escada e entrega lá embaixo.

Pelo tratamento da recepcionista, fiquei com medo de descer as escadas e chegar ao inferno. Mas, fui.

Chegando embaixo, havia umas 20 salas, pelo menos. Pedi informação a uma mulher que passava e ela foi muito simpática comigo. Mais confiante, segui até a sala indicada.

Dentro da sala, uma mulher sentada e um cara com trejeitos de menino alegre olhavam alguma coisa no computador e riam. Quando parei na porta, o indivíduo me lançou uma olhada de cima a baixo, que não me deixou dúvidas: Ele torcia para o São Paulo.

Pelo menos é o que indicava a camiseta que ele vestia.

O moço saiu da sala e a mulher me disse:

- O que é, professor?

- Boa tarde. Esses dias, me ligaram daqui dizendo que eu tinha que trazer uns documentos até hoje, sem falta, se quisesse pegar aulas.

- Quem te ligou?

- O nome eu não sei. Mas, era daqui.

- Ah, não sei pra que é essa papelada sua aí não. Deixa aqui, vou colocar numa pasta e qualquer coisa a gente te liga depois.

Saí de lá com vontade de enfiar o meu diploma na garganta dela. No mínimo!

Como até agora não me ligaram, ainda não posso pegar aulas como professor substituto.

Em escola particular, sem nenhuma experiência, fica bem difícil. Fora, que ainda não há previsão de concurso público.

No ano passado, fiz estágio numa escola que, segundo dizem, é uma das melhores da região em comportamento de alunos.

Fiquei apavorado!

Na minha época, havia 2 ou 3 alunos na sala que eram terríveis. (Lembrando que eu estudei com o Oscar Filho).

Hoje, 90% da galera é terrível. Eles gritam o tempo todo, arrastam a carteira, saem na porrada por qualquer coisa, jogam bolinha de papel no professor (e no estagiário) e falam mais palavrão que a Dercy Gonçalves.

Às vezes, fico em casa pesquisando livros de Pedagogia e Psicologia Infantil, tentando buscar métodos de controle desses alunos pra quando eu for dar aulas. Mas, confesso que foi num livro comprado num sebo, chamado “Homem-bomba na sala de aula” que encontrei uma boa estratégia de ensino:

Entro na sala, paro ao lado da minha mesa e digo o seguinte:

- Bom dia! Meu nome é Paulo, vou dar aula pra vocês de Língua Portuguesa e exijo que vocês fiquem em silêncio absoluto. Seja por bem, seja por mal!

E nesse mesmo instante eu retiro da minha mochila uma granada e a coloco sobre a minha mesa.

Claro que essa história da granada é uma brincadeira!

Na verdade, eu quero ver se arrumo uma ogiva nuclear.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Álcool no combate a gripe

Por causa da Gripe Suína, houve grande aumento nas vendas de álcool nas drogarias e supermercados de todo o país.

Dias atrás, o Jornal Nacional anunciou que “o pior do surto da gripe H1N1 já passou”.

No entanto, eu, homem muito precavido, continuo cuidando da minha saúde.

Sabe-se que o vírus entra pela boca. E também que o álcool pode combatê-lo.

Por isso, ontem, em meio ao almoço na casa do meu irmão e o aniversário de um amigo, tomei no mínimo umas 2 caixinhas de Antártica Sub-Zero bem gelada.

Já dizia um experiente amigo (e alcoolatra): “Melhor prevenir do que remediar”.
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Falando nisso...

Quer saber como gelar cerveja em tempo recorde?

Visite: http://www.blogaodochatola.blogspot.com/ e leia: “Serviço de utilidade pública!”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Funcionário Modelo

Hoje, antes do trabalho, passei na biblioteca pública pra pegar um livro chamado Édipo Rei.

Na biblioteca, há o arquivo. Nas gavetas do lado esquerdo desse arquivo, ficam as fichas com os nomes dos autores dos livros e nas gavetas do lado direito, as fichas com os títulos dos livros. Tudo para facilitar a nossa procura.

Mas, como não estava encontrando a ficha, resolvi pedir ajuda a um funcionário da biblioteca.

- Bom dia. Você sabe se aqui tem o livro Édipo Rei?

Ele fez aquela cara de quem estava tentando se lembrar. Levantou-se mudo, foi até o arquivo e começou a procurar nas fichas do lado esquerdo (autores). Não aguentei e falei:

- Desculpa, mas, não seria melhor procurar nas gavetas da direita (títulos) ?

Ele não apenas ignorou o que eu disse, como fez a seguinte pergunta:

- Esse Rei, se escreve com i ou com y, no final?

- Com i. Só que Édipo Rei é o título do livro, o autor é Sófocles.

O cara ficou imóvel por uns 30 segundos até que resolveu começar a procurar no lugar certo. Dois minutos depois, ele disse:

- É, acho que não tem mesmo.

Eu acho que não saber que Édipo Rei é o nome de um livro, não é pecado. (Ainda que o cara seja funcionário da biblioteca municipal). O foda é fingir que sabe, é não ter a humildade de perguntar: Édipo Rei é autor ou é título?

Eu mesmo sou formado em Letras, mas, não me arrisco a dar aulas de Inglês. Não gosto, não quero, não sei. E não tenho vergonha de dizer isso.

Outra:

A amiga da minha esposa estava no supermercado procurando uma famosa marca de cereal matinal pra comprar pra sua filha. Como não encontrava, perguntou pro rapaz que estava repondo umas mercadorias na prateleira:

- Você sabe onde tem Sucrilhos?

- Eu não! (ríspido) O que que é isso?

Se fosse comigo, eu levaria em consideração a “educação finíssima” do rapaz e responderia:

“- Sucrilhos é um creme para fazer alisamento nos cabelos da porta do fiantã. Você nunca ouviu falar em Escova de Sucrilhos?

“- O que é fiantã?”

“- Esquece, esquece...”

Outra situação que acho bastante interessante:

Você vai ao dentista e na sala de espera há uma recepcionista. Quando você entra na sala, ela quase bate a cabeça no teto por causa do susto. Você começa a pensar que é um cara muito, mas muito feio mesmo e fica deprimido. Mas, logo em seguida, chega o Reinaldo Gianecchini, e ela se assusta com ele também.

Como o próprio nome já diz, ela é uma recepcionista. Está ali para recepcionar as pessoas. Por que é que ela se assusta com as pessoas, então, cacete?!

Agora eu entendo porque existe tanta gente desempregada mesmo com tanto anúncio de emprego nos jornais.

Se continuar assim, tenho até medo de pensar a que ponto as coisas podem chegar.

Imagina a situação: Você vai a uma livraria, chega pro atendente e pergunta:

-Oi. Você tem a Bíblia ilustrada?

- Bíblia? Bíblia? Já ouvi falar desse livro. Você sabe quem é o autor?

- Olha. Depende do ponto de vista. Segundo as religiões, o autor é Deus, embora não tenha sido ele quem escreveu, mas os homens.

- Ah, tô ligado. É aquele livro que fala de Jesus, né?

- Isso, também.

E o vendedor te aparece com um livro de fotos do modelo e namorado da Madonna, Jesus Luz.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cachorro Quente




Dias atrás, cheguei pra fazer leitura da luz numa casa e uma senhora veio me atender chorando muito. Perguntei se ela estava precisando de algum tipo de ajuda e ela respondeu:

- Você lembra daquele Poodle que tinha aqui?

- Lembro.

- Então, ele morreu.
(chorando).

- Nossa! Morreu de quê?

- O meu Pit Bull matou ele. (chorando ainda mais)

- Que horror!

- E agora, ele teve que ser sacrificado. (chorando quase desesperadamente)

- É uma raça muito violenta, mesmo.

- Mas, eu vou arrumar outro. (enxugando as lágrimas)

- Se a senhora quiser, eu tenho um conhecido que está doando filhotes de Poodles.

- Que Poodle, o que! Eu vou arrumar é outro Pit Bull!
(olhos secos de ódio)

Só espero que ela não arrume outro Poodle, também.

A história abaixo, também é real, e aconteceu com um colega da cidade de Guarujá (litoral de São Paulo).

O leiturista bateu numa casa e uma mulher apareceu assustada e chorando.

- Senhora, o que aconteceu?

- Meu Poodle!

- O que é que tem ele?

- Um gavião desceu no meu quintal, pegou ele e levou embora.

Depois de ler essas duas histórias verídicas, você, leitor, deve ter chegado a conclusão de que os cães da raça Poodle, definitivamente, são muito azarados.

Mas, não se engane!

A verdade é que os Poodles são sim muito saborosos. E, graças a isso, ainda não foram incluídos no indigesto cardápio do programa No Limite, que inclui: olhos de cabra, peixe vivo e ovos galados.

sábado, 15 de agosto de 2009

Quem tem medo do leiturista mau?



Dias atrás, fui fazer a leitura da luz num prédio com 6 apartamentos e que tem os relógios de energia elétrica do lado de dentro. Como não há porteiro, quem sempre abre o portão automático pra eu entrar é a moradora do apartamento número 1.

Por azar, nesse dia, ela não estava. Então, fui obrigado a tentar a sorte tocando os outros números na sequência.

Número 2: toquei 3 vezes. Ninguém atendeu.

Número 3: no primeiro toque, uma voz de mulher:

- Pois não?

- Bom dia, vim fazer a leitura de luz.

(Silêncio)

- A senhora pode abrir o portão pra mim? É que a moradora do apartamento 1, que é quem sempre abre, não está.

(Silêncio)

- Senhora?

(Barulho de interfone desligando)

Esperei por 5 minutos. Nem sinal da mulher. Toquei o interfone novamente. Sem sucesso.

Parti pro número seguinte.

Número 4: 3 toques. Ninguém.

Número 5: 1 toque e outra mulher atende:

- Oi.

- Bom dia. Eu vim fazer a leitura da luz. A senhora pode fazer a gentileza de abrir o portão pra mim?

- Olha, moço. Eu tô no meio do banho. Você não pode apertar outro número?

Sempre que uma pessoa não quer abrir a porta pra eu entrar, ela inventa desculpas esfarrapadas. E a pior de todas é aquela:

“- Ai, moço. Meu marido saiu, levou a chave e eu tô trancada aqui até ele voltar.”

Dá vontade de falar:

“- Meu Deus, que tragédia!”

“- Ué? Tragédia por quê”

“- Sua casa está pegando fogo!”

Queria ver se ela não encontrava a chave na hora.

Voltando a história.

Número 6: silêncio.

Decidi continuar minha leitura nas outras casas. Quando terminei, 2 horas depois, voltei ao “bendito” prédio.

Pulei o apartamento 3 e toquei todos os outros números, sem sucesso. Toquei o número 3. Dessa vez, a mulher não atendeu, mas olhou pela janela. Levantei os braços mostrando o aparelho de leitura na minha mão. Esperei uma resposta. Sem retorno.

Comecei a pensar se aquela mulher realmente existia ou era apenas uma alucinação provocada pelo calor (do sol e da raiva). Sem contar a possibilidade de estar tendo contado com uma alma penada que não estava autorizada a abrir o portão do prédio pra mim.

Quando a gente não consegue fazer leitura, o cliente recebe uma carta pedindo que da próxima vez, deixe acesso livre ao relógio de luz. Aí, muitos desses clientes tem a cara de pau de pegar o telefone e ligar pro nosso 0800 dizendo:

“- Ah, mas o leiturista não passou na minha casa!”

Sabe aquela frase: “Cliente tem sempre razão?”. Ela só perde em imbecibilidade praquela outra: “Dinheiro não traz felicidade”.

Pra não levar “broncas” posteriores, decidi infernizar aquela mulher até ela me atender.

Juro! Toquei o interfone dela 10 vezes! Mas, não adiantou nada.

Fiquei pensando numa coisa mais radical. Não sabia se colocava um palito no interfone pra ele tocar até explodir ou se jogava uma granada de mão na janela dela pra explodir o prédio inteiro, mesmo. Como não tinha palito (e muito menos uma granada) soltei um grito cujo abalo provocado deve ter alcançado pelo menos 8 graus na Escala Richter:

- LEITURA DA LUZZZZZZZZZZZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Na mesma hora, o pipoqueiro que descia a rua e passava atrás de mim disse:

- O Campeão, tem interfone aí!

Minha fúria era tamanha que eu seria capaz de estourar todo o milho de pipoca dele só com o olhar. E outra: por que as pessoas insistem em me chamar de “Campeão”? Campeão de quê, cacete! Só se for campeão de paciência!

Fui embora sem conseguir fazer a leitura nesse prédio. E sabe por quê?
Porque, hoje em dia, as pessoas vivem com medo. E pra piorar, ficam vendo esses programinhas "maravilhosos" que passam à tarde tipo “Brasil Urgente”, “Cidade Alerta”. Aí, num determinado dia, assitem uma reportagem do tipo: “Em São Paulo, um bandido vestido com uniforme do Correio, assaltou uma casa.”

E o povo fica pensando que todo mundo que usa uniforme, é bandido.

Tá certo que muita gente acha que o valor da conta de luz é um “roubo”. Mas me chamar de ladrão porque sou eu que marco esse valor, aí já é demais.

Primeiro porque eu apenas copio o número que está no relógio de luz. O aparelho engole a leitura e faz a conta sozinho, como uma calculadora.

Segundo e principal. O dinheiro arrecadado com as contas, com TODA A CERTEZA NÃO VEM PARAR NO MEU BOLSO!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Os "cabaços" da Língua Portuguesa

Veja como uma letra pode mudar todo o sentido de uma coisa.

Ontem à tarde, voltando do trabalho passei em frente a um salão que estava com as suas duas portas abaixadas. No pedaço de parede entre essas duas portas, estava pendurado um cartaz escrito assim:


“WORKSHOP DE CABAÇO

Dias 21 e 28 de agosto”


Não pude me conter e comecei a rir, imaginando o que poderia significar aquilo.

Seria um encontro de pessoas virgens?

Ou uma reunião de pessoas que “não pegam ninguém”?

O pior é que, dependendo da faixa etária exigida para participar do encontro, não iria aparecer quase ninguém. Virgem é espécie em extinção, hoje em dia.

Hoje, porém, tive que passar novamente em frente a esse salão. E foi quando eu percebi que o cartaz havia sido trocado e corrigido:


“WORKSHOP DE CABAÇA

Dias 21 e 28 de agosto”

Só então eu reparei que aquele salão era uma loja de artesanato.


sábado, 8 de agosto de 2009

A Lei anti-fumo e a maconha

Desde o dia 7 de agosto é proibido fumar em ambientes coletivos, públicos ou privados, em todo o Estado de São Paulo.

Fiquei pensando o que aconteceria se depois dessa Lei anti-fumo, também fosse aprovada uma Lei de Descriminalização da Maconha. Como a lei anti-fumo proíbe apenas o uso de cigarros e derivados do tabaco em locais fechados, a maconha, que nada tem a ver com tabaco, estaria liberada. Imagina a situação:

Dois nóias sentados num restaurante, na mesa 14, fumam um baseadinho básico pra abrir o apetite enquanto esperam a comida. Chega um fiscal da vigilância sanitária com um nariz maior que o do Rafinha Bastos.

Fiscal: - Eu tenho certeza de que há alguém fumando escondido por aqui. Meu faro nunca falha!

Um dos nóias chama o fiscal narigudo e diz:

Nóia 1: - Aí truta, firmeza? Ó, é o seguinte. Tinha dois tiozão aqui do lado e eu ouvi eles dizendo que ia fumar um cigarrinho escondido lá no banheiro. Num tô querendo ser cagueta não, mas acho uma puta falta de respeito com a lei. Tá ligado?

Fiscal: - Obrigado pela informação, meu bom rapaz. Se mais gente pensasse como você, o Mundo estaria muito melhor.

Nóia 1: - Sóóóóóó!

Nóia 2: - Podes crê!

Dentro do banheiro, os meliantes são pegos com a boca na botija, ou melhor, no cigarro.

Fiscal: - Ahááááááááá! Peguei vocês!

Fumante 1 (escondendo algo atrás do corpo): - O quê? Não, não é nada disso que o senhor está pensando!

Fiscal: - Aé? E o que é que você está escondendo aí?

Fumante 2: - Não mostra! Não mostra pelo amor de Deus!

Fiscal: - Ou você prova que isso não é um cigarro ou vou ser obrigado a comunicar ao dono do estabelecimento que há dois indivíduos fumando escondidos por aqui. E depois que ele receber a multa, com certeza, vai expulsar vocês dois a ponta pés!

Fumante 1: - Tudo bem, eu mostro. Mas, o senhor tem que me prometer que não vai me perguntar nada sobre o que ver. Promete?

Fiscal (achando o pedido estranho): - Prometo!

O fumante 1 abre a mão. Há um batom vermelho em sua palma.

O fiscal pede desculpas. Antes de sair, porém, percebe que a boca do fumante 2 está com marca de batom. Ele enche o pulmão como quem vai fazer uma pergunta, mas é interrompido pelo fumante 1.

Fumante 1: - Ah! Sem perguntas, você prometeu!

O fiscal sai do restaurante e vai embora assustado com a última descoberta. Lá dentro, os dois caras da mesa 14 que fingiam ser nóias dão risada:

Nóia 1: - Que fiscal trouxa! Hahahaha!

Nóia 2: - Muito boa essa sua ideia de disfarçar o cigarro enrolando ele no papel de seda. Hahahaha!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

SINESTESIA

SINESTESIA: relação de planos sensoriais diferentes. Ex: gosto com cheiro, visão com olfato etc.





No dia 26 de julho, o Fantástico exibiu uma reportagem sobre a flautista suíça Elizabeth Sulston que tem a capacidade de sentir sabores e ver cores cada vez que ouve uma música.

Quem não viu, vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=TtN4-GeDuCc


No último domingo (02/08) o programa continuou falando sobre o assunto e dessa vez mostrou o caso da artista plástica brasileira Kátia Ribeiro que quando ouve a música “Festa no Apê”, do cantor Latino, sente gosto de sardinha frita na boca.

Link pra quem não viu: http://www.youtube.com/watch?v=4IqQ1HpF_kg


Ontem à tarde, eu estava na casa da minha mãe, quando a vizinha adolescente dela colocou pra tocar bem alto a mesma música da reportagem de 02/08, “Festa no Apê”, do Latino. Juro que, quase no mesmo instante, comecei a sentir um cheiro insuportável de bosta. Aí eu fiquei pensando: “Será que eu sou sinestésico ou fiquei influenciado pelas reportagens do Fantástico?”

Nem 1 minuto depois, minha mãe começou a dizer que também estava sentindo um fedor terrível. “Nossa! Acho que esse negócio de Sinestesia é hereditário!”- pensei.

O mais estranho de tudo foi que, quando acabou a música, o cheiro de cocô continuou. Foi então que a gente descobriu a verdade: a Pity, a cadelinha da minha irmã, havia cagado embaixo da mesa da cozinha.

Quem ler isso há de concordar que se levarmos em conta o nível da música que a gente estava sendo obrigado a ouvir, não era muito difícil de começarmos a sentir cheiro de merda no ar, mesmo se a cadelinha não tivesse cagado.

Falando nisso...

No terceiro colegial estudei com um cara chamado Luisão, que tinha a incrível capacidade de ver cores brilhantes no ar. Sei que é difícil de acreditar, mas ele jurava que era verdade. E ele não era de mentir.

Pensando na possibilidade do Fantástico dar continuidade a essa matéria sobre Sinestesia no domingo que vem, pensei em falar com o Luisão pra ele entrar em contato com o programa e, quem sabe, até ficar famoso. Mas, onde encontrá-lo depois de tanto tempo?

Pra você ver como são as coisas. Hoje de manhã, encontrei o Nelsinho, outro colega daquela época e o melhor amigo do Luisão. Quando contei pra ele o meu plano de tornar o Luisão famoso, ele disse:

- Shiiiii! Acho que esse negócio de levar o Luisão no Fantástico não vai dar certo, não!

- Mas, por quê? Ele não vê mais as cores brilhantes no ar?

- Não! Ele parou de tomar ácido já faz 3 anos.

- Ah, tá, brigado!

Falando sério, pra terminar.

Minha mãe, toda vez que ouve uma música alta, seja ela qual for, sente dores de cabeça terríveis e vê imagens em espiral rodando rapidamente. Mas, antes que você, leitor, pense: “Ai, ele tá zoando de novo”, vou revelar a verdade.

De fato, isso não tem nada a ver com Sinestesia.

A dor de cabeça e as imagens girando em espiral nada mais são do que crise de labirintite!