quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz 2011




Segundo a tradição popular, comer galinha no Réveillon dá azar.

Explicação: Como a ave cisca para trás, a vida da pessoa que a comeu também andará para trás.

Em 2009, seu Maneco da padaria se envolveu com uma funcionária 30 anos mais nova. Ela se chamava Magali e por causa da sua “boa” índole era conhecida por Magalinha.

Na noite do Réveillon, em meio a farinhas, pães e doces da padaria, seu Maneco provou da “canja” de Magalinha. Ficou tão apaixonado que a pediu em casamento.

Um mês depois, Seu Maneco sofreu um enfarte fulminante ao descobrir que com apenas 30 dias de casado havia levado 18 chifres!

Essa historieta nos faz concluir que realmente comer galinha no Réveillon dá azar, além de nos remeter a outro sábio dito popular:

“Onde se ganha o pão não se come a carne.”

E onde se faz o pão, também não! Ainda mais se a carne for de galinha e a noite for de Réveillon.

Seguindo a mesma lógica, dizem que comer carne de porco traz sorte. Porque como o animal fuça para frente, a vida de quem o come também andará para frente.

O mesmo vale para carne da vaca, outro animal que anda para frente. Mas, CUIDADO!!! Não vá me inventar de passar o Réveillon na Índia, onde a vaca é sagrada, e fazer churrasco! Azar na certa!

Se bichos que andam para trás dão azar e bichos que andam para frente trazem sorte, o que aconteceria se eu comesse caranguejo, que anda de lado?

Acho que teria um ano bem mais ou menos.

E o que aconteceria se uma tribo de canibais sequestrasse e comesse o Curupira?

Este folclórico ser anda para frente, mas, tem os pés virados para trás. Acho que os canibais teriam um ano se falso azar.

O que seria um falso azar?

É algo que inicialmente parece azar, mas, depois se mostra como a sorte grande da tua vida. Por exemplo:

Você perde o emprego. Na volta pra casa, bate o carro com o seguro vencido. Chega em casa e a sua mulher te entrega os papéis do divórcio para assinatura. Você não ama aquela baranga chata, mas, sabe que nas suas condições jamais arrumará coisa melhor. Pra piorar, ela te deixa pra ir morar com o tiozinho sorveteiro, com aquela baita pança. Você está tão desmoralizado que chora dias, trancado no quarto.

Uma semana depois, você ganha sozinho na mega sena da virada. Passa o resto da vida comemorando!!!

E aquela baranga que vá pra... casa dela, tomar sorvete.

Em 2011 pretendo obter grandes conquistas. Sei que não vai ser fácil, por isso, no Réveillon vou comer algo que com toda certeza vai me trazer sorte como nada me trouxe antes: carne de centopéia!

Sim, pois, se um animal que anda pra frente como o porco e que só tem 4 patas nos traz sorte, imaginem um animal que anda pra frente, no alto das árvores e ainda por cima, chega a ter, dependendo da espécie, 191 pares de pernas. São 382 patas!!! É muita sorte!




Embora este último texto do ano tenha saído bem mais ou menos, eu não comi carne de caranguejo.

Desejo a você que está lendo um 2011 cheio de realizações, muita saúde, muito dinheiro, muito amor, muito s...orvete, muito tudo o que você quiser! Desejo ser feliz e que você seja feliz também! Altos e baixos sempre irão existir, mas, estou aprendendo, com uma pessoa mais que especial, a focar no que é bom. Essa pessoa não é guru, mas, é uma das pessoas mais felizes que conheço. Otimista, positiva e cheia de fé. Tudo o que ela batalha pra conquistar ela conquista. Portanto, pra mim, ela é uma inspiração.


FELIZ 2011!!!


P S: O Leiturista


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal



Desde 2004, ficou instituído que na Ceia de Natal da minha casa, ninguém mais levaria pavê de sobremesa.

Pelo amor de Deus! Eu não aguentava mais aquela piada:

- É pavê ou é pra comer?

No último ano eu quase respondi:

- Não! É pra cagar!

- O quê?!!!

- É sim! Por que este pavê foi preparado à base de bolacha ao leite, coalhada, ameixa, mamão, iogurte Activia e duas gotas de Lacto Purga pra dar sabor.

- É sério?

Pior do que a piada do pavê são essas pessoas que não entendem outra piada que não seja a do pavê.

A gente tira essa pessoa no Amigo Secreto. Ela é linda, magra e super boazinha. Mas, para dar graça à brincadeira, descrevemos a pessoa com todas essas características invertidas:

- A minha Amiga Secreta é horrorosa, uma baleia de tão gorda e mais chata que o Galvão Bueno. A minha amiga secreta é a... SUZANE!

Mas, ao invés de vir te abraçar, a menina sai correndo e chorando de soluçar.

Se a gente a tivesse chamado de Suzane Von Richthofen, ainda vá lá! Mas, chorar por causa de uma ironia? Ah, é muita sensibilidade natalina.

Mas, sensível mesmo é aquele tio roqueiro que ficou velho e solteiro. Ele bebe todas e mais algumas. Sem a gente tá esperando ele nos agarra pelo braço, apanha o microfone do video-kê e começa a nos elogiar bem alto:

- Esse cara aqui é muito inteligente, educado, trabalhador...

Prevendo que aquele discurso é mais longo que os discursos do Fidel Castro, a gente corta:

- Obrigado, tio. Mas, agora eu preciso ir.

- Espera aí! Eu tô falando! Pombas!

Ele te segura firme e recomeça:

- Esse cara aqui é muito inteligente, educado, trabalhador...

- Tio, você não tá entendendo! Eu PRECISO sair daqui urgente!

- Espera um pouquinho, cacete! Eu tô falando!

- Tio, eu preciso MESMO sair daqui. Eu comi o pavê de Activia e se não correr eu...

- Espera um pouquinho! Eu tô falan...

- TIO!!! PUTA QUE O PARIU! ME LARGA SE NÃO VAI DAR MERDA!!!

Então, o tio entende aquilo como um desafio e muda o rumo do discurso:

- O QUÊ?!!! Quem você tá pensando que é? Tá convencido só porque fez faculdade? Você não passa de um merdinha que não saiu das fraldas e...

Aí vem a tia viúva que “carrega aquela cruz” e o leva embora, carregado, antes que ele comece a chorar ou a cantar Raul.

O que eu não acho justo são aqueles amigos bombados do meu sobrinho que aparecem em casa e tomam toda a nossa cerveja na faixa!

- Não é por nada, mas, fala pros teus amigos colaborarem e trazerem pelo menos uma caixinha. Os caras bebem todas, pô!

Meu sobrinho falou. E no ano passado os dois amigos “bombas” me apareceram aqui com uma garrafa de Bavaria quente cada um!

E continuaram bebendo da nossa cerveja boa e gelada...

Mas, pelo menos não trouxeram o cantor Leonardo pra abrir as garrafas cantando: “- Hoje é sexta-feira – á!” O que já é uma grande coisa!

Mas, só porque a véspera do Natal passado caiu na quinta.

Meu medo é que a véspera deste vai cair na sexta...



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Desejo a todos que tem a paciência de ler o que escrevo, aos que comentam, aos que me seguem, aos que me indicam, que neste Natal recebam algo muito especial, seja um presente material, seja uma pessoa, seja grande, seja pequeno, mas significativo. Enfim, que cada um de vocês receba algo que deseja muito! A maioria aqui, não conheço pessoalmente, mas, todos são muito importantes para a continuidade do blog e para o crescimento da minha auto estima. Portanto, são muito importantes para mim! Por isso, desejo de coração que tenham um Natal realmente FELIZ!!!

Abraços e beijos!

Paulo SergioP S: O Leiturista

sábado, 18 de dezembro de 2010

O Lago e a Montanha


Construí minha casa bem em frente a um lago.

Esse lago é tão claro que é possível enxergar o que há no fundo. Não que ele seja fundo, pelo contrário, é até bastante raso.

Juntando-se a isso a calmaria de suas águas, tem-se um lugar seguro para desfrutar.

Atrás da minha casa existe uma montanha.

Todas as manhãs, assim que acordo, a primeira coisa que faço é olhar para ela através da minha janela.

Nessa montanha há uma trilha e muitas noites eu a percorro até o topo. Meu desejo é me mudar para lá. Mas, eu sempre volto antes do amanhecer.

Talvez porque eu dê ouvido demais àquela voz que insiste em me falar dos “perigos” desse caminho.

Talvez porque eu ainda não tenha coragem de abandonar o lago.

Até a algum tempo, era perfeitamente possível continuar morando nessa casa, tirando proveito da tranquilidade do lago e das aventuras na montanha.

Mas, os tempos são outros...

O lago, que já não tem peixes, se não for cuidado, poderá secar.

Já a montanha, pode ter suas trilhas fechadas pela mata antes que eu chegue ao topo.

É preciso escolher.

Eu preciso escolher!

Se eu ficar com o lago, é provável que nunca mais tenha a chance, ou a energia, para subir à montanha.

Se eu me mudar para a montanha, me afastarei de vez do lago e, provavelmente, muitos se afastarão de mim...

Ficando com o lago, tenho medo de que a sua calmaria me deixe numa posição tão cômoda que, sem perceber, eu me atole e acabe perdendo a minha própria vida.

Subindo a montanha, que garantias eu tenho de que ao atingir o seu topo, um vento forte não irá me derrubar?

“Quanto maior a altura, maior a queda” - diz o ditado.

Ficando ou subindo os riscos existem. As garantias não!

O tempo passa...

É melhor ficar com o conhecido e seguro ou arriscar tudo numa oportunidade única?

O tempo passa...

É melhor fazer feliz a quem nos ama ou buscar o amor recíproco contra tudo e contra todos?

O tempo passa...

É melhor tomar uma atitude radical ou deixar tudo nas mãos do tempo?

O tempo passa...

Este texto brotou em minha cabeça numa certa manhã. 

Seria meu? Seria pra mim? Seria sobre mim? Servirá pra alguém?

Não sei. São tantas as incertezas. 

A única certeza é que o tempo passa...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vingança






A pessoa jura que NÃO é vingativa.

Aí, ela pega o marido com a melhor amiga na cama.

Ela grita, xinga, chora e depois de três meses trancada no quarto tomando calmantes, resolve ir pra balada.

Alguém pergunta: - Como você está?

- Tô óóóótima! – ela responde - Já nem lembro mais o que aconteceu. É passado! A fila anda!

Os amigos aplaudem.

Mas, ela completa: - Eu não desejo mal para aqueles dois, mas, Deus sabe o que faz!

Tipo assim: ela quer que os seus traidores SE FODAM, mas, joga toda a responsabilidade nas costas de Deus!

Lembro que na escola, tinha um gordinho chato que ficava rindo do meu cabelo todo dia. Ele dizia: - Ahhh! A vaca lambeu o cabelo do Paulo Sergio! Hahaha!

Encontrei esse gordinho chato na rua esses dias e sabe de uma coisa? Meu cabelo continua “lambido” até hoje...

Já o gordinho chato ficou careca!

A vingança foi minha?

Não! 

Mas, Deus sabe o que faz!


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Concurso Público


Numa certa tarde de inverno, a alguns anos atrás, fui ao casamento de uma amiga.

Tudo corria bem, pois eu comia bem os salgados que eram servidos quentinhos e saborosos.

Só que mais tarde...

Fui umas 385 vezes no banheiro durante a madrugada. Piriri dos bravos! Houve um momento que já não tinha mais nada pra sair de dentro de mim, além da minha alma. Mais um pouco de força e era perigoso eu desencarnar.

No dia seguinte, fui prestar um concurso público logo de manhã.

Em concurso, é assim, quando você quer ir ao banheiro, um fiscal tem que te acompanhar. Agora, imagina você com “aquela” dor de barriga, tendo que usar o banheiro com uma pessoa te esperando na porta e ainda meio que te vigiando pra ver se você não vai colar.

Colar da onde? Será que eles acham que a gente vai comer a cola em casa pra depois pegá-la de volta no vaso sanitário da escola que a gente vai prestar o concurso?

Pra começar teria que ser uma cola feita em papel plastificado pra não molhar.

Bom, o fato é que naquela manhã, pra prevenir, eu nem quis saber de comer nada.

Entrei na sala. Sentei. Tudo parecia bem. Comecei a prova. Língua Portuguesa = beleza! Na hora da Matemática, comecei bem. Mas, quando chegou nos exercícios que tenho mais dificuldade, figuras geométricas,  minha barriga começou a se manifestar.

Agora, me diz como calcular a maldita área da base do cacete da pirâmide com a barriga roncando feito um porco vivo no rolete?

Pensei em pedir pra sair, mas, mesmo com a desenteria de volta, eu teria dificuldade de “me concentrar” com aquele fiscal com a feição do cantor Wando na porta do banheiro me vigiando.

Aguentei firme. Me concentrei. A rouquidão parou. Mais tarde, olhando o gabarito, percebi que errei 3 questões de besteira. Bom, mas, é que de alguma forma eu tinha que fazer merda naquela hora.

Antes disso, já recuperado, fui pra parte da prova sobre conhecimentos gerais.

Duas questões me revoltaram profundamente:

1 – Quem foi a miss Atibaia de 1968? (ou algo assim);

Meu Deus do céu! Que diferença isso ia fazer na minha vida?

O pior é que fez, porque eu não sabia a resposta e como chutei errado, errei a questão.

2 – Em que equipe corre o piloto Rubinho Barrichello. 

Ahhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Minha vontade era dar esse grito. Mas, como ainda havia o risco de cagar nas calças, me controlei.

Talvez, todo mundo que leia essa postagem (e também quem não leia) saiba essa resposta.

O problema é que eu ODEIO Fórmula 1. Eu chutei e errei a maldita questão!

A parte de Informática foi a mais difícil. Tinha coisa lá que acho que nem os caras da Microsoft sabiam a resposta.

Resumindo: a parte que eu mais acertei na prova foi Língua Portuguesa (todas, modéstia à parte). Só que a parte que valia mais era Informática (que eu devo ter acertado uma).

Não passei. É lógico!

O mais engraçado é que o cargo exigia que a pessoa soubesse escrever bem cartas, relatórios etc.

Segundo uma amiga que trabalha lá dentro da empresa: os caras que passaram sabiam muito de informática. Em compensação, escrevem tão mal que um dia, pra decifrar o que eles haviam escrito, usaram um decodificador de senhas da NASA. E não é que o aparelho deu pau!


***


Outro dia, tivemos uma reunião no trabalho e o cara que fez a palestra disse:

“- O leiturista além de ter boa visão, deve se comunicar bem com o cliente. Lógico, também não precisa ser formado em Letras, mas é preciso ser claro nas informações.”

Quase cheguei em casa e rasguei o diploma...

Ano que vem, pretendo dar aulas de Língua Portuguesa. Mas, do jeito que as coisas andam, é capaz da escola exigir alguma coisa que não tem no meu currículo, tipo um curso de corte e costura, tiro ao alvo ou sobrevivência na selva.

Se bem que esse último seria bem útil numa sala de aula nos dias de hoje...